Economista destaca Lei de Autonomia do BC como único avanço na gestão Lula
A Lei de Autonomia do Banco Central, proposta pelo senador Plínio Valério (PSDB-AM), foi destacada como a única reforma significativa na economia brasileira pelo economista Kenneth Rogoff, ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) e professor em Harvard e Princeton. Em entrevista ao Estado de São Paulo, Rogoff criticou as políticas do terceiro mandato de Lula e alertou que, sem controle fiscal, o Brasil pode enfrentar aumento de juros e inflação.
Plínio Valério defendeu que a lei é crucial para evitar um desastre econômico, pois proíbe a troca de diretores do Banco Central durante os mandatos presidenciais, garantindo a estabilidade da política monetária. Ele afirmou que, graças à autonomia, o ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, conseguiu resistir à pressão para reduzir os juros, o que poderia ter agravado a inflação em um cenário de descontrole fiscal.
Rogoff elogiou os avanços na dívida interna e a independência do Banco Central, mas enfatizou a necessidade de limites fiscais. Com a lei, o governo Lula não poderá interferir na política monetária, mesmo com a mudança na presidência do Banco Central. Para 2025, Plínio Valério planeja fortalecer a autonomia do Banco com a aprovação de uma PEC que dará ao órgão autonomia orçamentária.
"Não vai ser mexida. Ainda bem que esse Senado aprovou essa autonomia do Banco Central, que tem sido a redenção da Economia, um marco da segurança jurídica contra o intervencionismo do governo de plantão que poderia ter feito explodir a inflação com a redução dos juros na canetada para fins eleitoreiros, uma conquista institucional comemorada por organismos internacionais como o FMI como a única reforma importante em vigor no governo Lula, implementada pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro", afirmou Plínio, destacando o reconhecimento internacional da autonomia do Banco Central como uma conquista institucional fundamental.
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