Entenda denúncias de exploração infantil na Ilha de Marajó

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Após a cantora paraense Aymeê relatar novamente as acusações de exploração sexual infantil na Ilha de Marajó, no Pará, durante sua participação no reality show gospel Dom Reality, o assunto voltou a ganhar destaque nas redes sociais. A apresentação de Aymeê ocorreu na última sexta-feira (16), e viralizou nessa quarta (21).
Aymeê não é a primeira pessoa a abordar publicamente essa situação na Ilha de Marajó, uma região composta por 12 municípios e aproximadamente 500 mil habitantes. Em 2006, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados iniciou uma investigação para apurar essas denúncias.

Tudo é muito tóxico na política
De acordo com o Jornal Extra, na época, documentos revelaram o envolvimento de políticos locais em tais casos, com intermediários levando crianças para serem exploradas sexualmente em Belém e na Guiana Francesa. Muitos municípios da região enfrentam condições de pobreza e miséria, sendo que um deles, Melgaço, possui o pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil.
Em 2022, a ex-ministra da Mulher, Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, também denunciou a exploração na ilha durante um culto evangélico. Damares chegou a afirmar que crianças na região tiveram dentes extraídos para facilitar os abusos sexuais.
As declarações da ministra na época geraram controvérsias. Autoridades do Pará, incluindo o Ministério Público, solicitaram que Damares fornecesse evidências do que estava alegando, mas estas não foram apresentadas. Como resultado, 19 procuradores da República requereram uma ação civil pública contra a ministra.

ASSUNTOS: Brasil