Estados ficam divididos entre fim de isolamento social e falta de leitos
Daqui á uma semana o novo ministro da saúde, o oncologista Nelson Teich promete apresentar uma diretriz para que estados e municípios possam criar políticas e programas próprios em relação ao isolamento social durante a pandemia do novo coronavírus.
Segundo o UOL, o anúncio do desenvolvimento dessa diretriz vem num momento em que, às vésperas de alcançar a marca de 3.000 mortes pela covid-19, o sistema de saúde já mostra sinais preocupantes.
A escassez de leitos de UTI (Unidades de Terapia Intensiva) em muitas cidades e a sobrecarga no sistema funerário, de um lado, e as pressões políticas pelo fim das medidas de restrição social, de outro, colocam os estados em situações desafiadoras pelo país.
É o caso de Manaus, que além de enfrentar falta de leitos passou a abrir covas coletivas para enterrar as vítimas da doença. Na terça-feira (21), o prefeito Arthur Virgílio Neto (PSDB) chorou ao se referir ao "estado de calamidade" da capital do Amazonas.
Na quarta-feira (22) o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), mostrou preocupação com o avanço da pandemia no estado que, segundo ele, ainda não atingiu o pico.
Líder da resposta da OMS (Organização Mundial da Saúde) à pandemia, a epidemiologista Maria Van Kerkhove afirmou que existe uma tendência de aumento nos casos de coronavírus na América do Sul, o que é "preocupante". Desde o início da crise, a organização tem recomendado o isolamento social como forma de conter o avanço das contaminações e adiar o colapso dos sistemas de saúde.
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