Família diz que perdeu contato com mulher que fez ofensas raciais contra filha de Gagliasso
RIO - Dayane Alcântara Couto de Andrade, de 28 anos, a mulher que está sendo acusada de postar vídeos com injúrias raciais contra a filha dos atores Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank, e que nas redes sociais se apresenta como "Day McCarthy" — uma socialite que viveria atualmente no Canadá — tem uma vida cercada de mistérios. Parentes ouvidos pelo GLOBO disseram que perderam contato quando, ainda jovem, ela veio morar no Rio, deixando a casa da mãe na cidade de Presidente Kennedy, no Espírito Santo. No entanto, Dayane nasceu em Cancelas, no interior do estado.
— Ela estudou em escolas particulares, frequentou durante um ano a Igreja Batista, até se mudar para o Rio. Foi morar lá depois de conhecer um músico. Sempre sonhou em ser rica e famosa. Foi uma adolescente muito revoltada. Vendo tudo isso o que ela tem feito, acho que está maluca. Precisando de ajuda psiquiátrica — afirmou um parente.
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O episódio envolvendo a filha do casal de atores não é a única polêmica recente de Dayane. Ela já chamou a cantora Anitta de “usuária de drogas” e causou revolta na internet ao atacar outra criança, a menina Rafaella, filha do empresário Roberto Justus e da apresentadora Ticiane Pinheiro. Na ocasião, a socialite chamou a menina de “brinquedo assassino”, referindo-se ao filme do macabro boneco Chucky. Após a má repercussão, a postagem foi retirada do ar. Em sua página, Dayane afirma que já publicou quatro livros e que o que mais almeja na vida é servir de "inspiração".
Os parentes contam que, no Rio, Dayane já morou no bairro Colégio, depois em Copacabana e na Barra da Tijuca.
— Há muito tempo, desde que deixou o Espírito Santo, não sabemos muita coisa dela. O que dizem é que casou com um italiano rico e foi com ele para os Estados Unidos, depois para o Canadá — disse outro parente.
A família confirma, no entanto, que a mulher, agora investigada pela Polícia Civil, foi uma adolescente inteligente, mas revoltada com a vida pobre na infância. Ela sempre sonhou ser rica e famosa.
— Ela cresceu revoltada com a infância pobre. Mas era uma pessoa muito diferente dessa mulher que hoje precisaria de tratamento médico. Capaz de desejar a morte de um sobrinho, uma criança que sofre de uma doença grave — contou uma prima.
Com mais de 700 mil seguidores no Instagram, a autora das ofensas racistas contra Titi, de 4 anos, se apresenta nas redes como "socialite e escritora de sucesso". Em seu blog pessoal, afirma que com suas palavras pretende levar “alegria, esperança e reflexões às pessoas ao redor do mundo”. No entanto, sua fama nas redes tem crescido com uma série de vídeos ofensivos.
Somente na manhã desta segunda-feira, após a repercussão da injúria racial, a conta de Dayane no Instagram ganhou 50 mil novos seguidores. No entanto, a página, antes aberta, passou a ser fechada. Em suas publicações, ela costuma postar fotos de festas e viagens, algumas delas ao lado de famosos como Kim Kardashian e Chantel Jeffries.
No Espírito Santo, segundo amigos, ela trabalhou como babá quando o pai — um militar do Exército — abandonou a família.
— Quando o pai morreu, ela tinha 18 anos. Ele deixou uma herança. Ela brigou com a mãe, pegou a parte dela e foi viver a vida dela. Conheceu um músico de uma banda famosa, que fazia um show em Presidente Kennedy, e foi morar com ele no Rio — afirmou.
Dayane acabou viajando para os Estados Unidos, onde ficou ilegalmente. Trabalhou como babá e num shopping. Foi lá que teria conhecido um empresário italiano e acabou casando.
— Ela conseguiu cidadania americana. Já separada do empresário, ficou rica. É tudo o que nós sabemos — disse uma parente.
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