Justiça concede domiciliar para ex-senador Telmário Mota, preso por estuprar a própria filha

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A Justiça concedeu prisão domiciliar para o ex-senador Telmário Mota, preso por estuprar a própria filha, em 2022, quando a vítima tinha 17 anos. O condenado deixou a prisão nesta quinta-feira (17), e passa a ser monitorado por tornozeleira eletrônica.
A decisão ocorre após a defesa de Telmário alegar problemas de saúde física e mental. "Restou demonstrado que o paciente necessita de acompanhamento médico específico, o qual não vem sendo devidamente ofertado no sistema prisional, não sendo razoável que a autoridade coatora despreze a conclusão dos laudos médicos apresentados", diz a decisão assinada pelo desembargador Ricardo Oliveira, da Vara de Execução Penal.

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Os problemas de saúde descritos pela defesa são doença cardíaca, gastrite, hipertensão, artrose e transtorno depressivo moderado. A prisão domiciliar é válida por 60 dias, nesse período ele poderá sair de casa apenas com autorização da Justiça, e somente em casos de atendimento médico.
O ex-senador estava preso no Comando de Policiamento da Capital (CPC). Telmário é suspeito de encomendar a morte da mãe da filha dele, Antônia Araújo de Souza, 52, em 2023, três dias antes de uma audiência sobre o caso de estupro contra a filha.
A mulher era uma das principais testemunhas sobre a investigação do caso de estupro. A vítima levou um tiro na cabeça no dia 29 de setembro de 2023 quando saía para trabalhar em Boa Vista (RO).
Telmário iniciou sua carreira política em 2007 na Câmara Municipal de Boa Vista. Em 2014 foi eleito ao Senado e em 2018 foi candidato ao governo de Roraima pelo PTB.
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