Justiça de SP decide soltar PM que jogou jovem de ponte

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A Justiça de São Paulo determinou, nesta quinta-feira (10), a soltura do policial militar Luan Felipe Alves Pereira, acusado de jogar um jovem de uma ponte em Cidade Ademar, zona sul da capital, em dezembro de 2023. A decisão foi divulgada pelo advogado do agente, Wanderley Alves, que argumentou que seu cliente estava "preso injustamente".
Segundo o advogado, o tribunal aceitou o pedido de habeas corpus, considerando que a prisão preventiva, decretada anteriormente, foi indevida. "Não podemos transformá-la em antecipação de pena", afirmou Alves. O soldado Luan Felipe Alves Pereira estava detido no Presídio Militar Romão Gomes desde 5 de dezembro de 2023.

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A decisão judicial ocorreu apenas dois dias após a Polícia Civil indiciar Luan por tentativa de homicídio. O inquérito do caso está em fase de conclusão e será encaminhado ao Judiciário nos próximos dias. O soldado e outros seis colegas que participaram da ocorrência já haviam sido indiciados pela corregedoria da corporação por tentativa de homicídio em 2024.
O caso, que ganhou repercussão, ocorreu na noite de 1º de dezembro de 2023 e foi registrado em vídeo por uma testemunha. A vítima, Marcelo Amaral, não sofreu ferimentos graves. Ele era perseguido por policiais militares da Rocam após fugir de uma abordagem enquanto conduzia uma moto sem placa em Diadema, na Grande São Paulo.
Amaral foi interceptado pela PM em Cidade Ademar, após uma perseguição de dois quilômetros. De acordo com o registro policial, os agentes não encontraram nada ilícito durante a abordagem, pouco antes de o jovem ser arremessado da ponte.
Na época, a Polícia Militar alegou que garrafas, pedras e pedaços de madeira foram arremessados na direção dos agentes durante a perseguição. No entanto, nenhum policial ficou ferido na ocasião.
Apesar da decisão da Justiça, ainda não há informações sobre a liberação do policial do sistema prisional. O Tribunal de Justiça e a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) foram procurados para comentar o caso, mas ainda não se manifestaram.

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