Justiça nega Habeas Corpus a advogado João Neto preso por agredir a mulher

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A Justiça de Alagoas indeferiu o pedido de habeas corpus impetrado pela defesa do advogado e influenciador digital João Neto, de 47 anos, preso em flagrante na última segunda-feira (14) em Maceió, acusado de lesão corporal contra sua companheira. A defesa alegou primariedade, bons antecedentes, residência fixa e ocupação lícita, sustentando que o ferimento na vítima teria sido resultado de um acidente doméstico e não de agressão intencional. Adicionalmente, foi solicitada a substituição da prisão por medidas cautelares alternativas.
No entanto, o desembargador Carlos Cavalcanti de Albuquerque Filho manteve a conversão da prisão em flagrante para preventiva, justificando a decisão pela necessidade de resguardar a integridade física e psicológica da vítima e para garantir a ordem pública. João Neto foi transferido para a Penitenciária Masculina Baldomero Cavalcante de Oliveira, em Maceió, no dia 17, chegando a ser hospitalizado brevemente por problemas cardíacos antes de retornar ao presídio. As agressões foram flagradas por câmeras de segurança do prédio onde o casal reside, mostrando a vítima deixando o apartamento com o queixo sangrando. Em depoimento, a mulher de 25 anos relatou histórico de agressões anteriores, incluindo enforcamento, chutes e empurrões.

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A prisão de João Neto gerou forte reação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A presidente da seccional baiana, onde o advogado possui inscrição originária, classificou o caso como "extremamente grave" e anunciou que providências seriam tomadas. A OAB-BA enfatizou que a violência contra a mulher, além de crime, configura infração ético-disciplinar, encaminhando o caso ao Tribunal de Ética e Disciplina da seccional e acompanhando a investigação da OAB de Alagoas, que também se manifestou, reafirmando sua intolerância a desvios de conduta, especialmente em casos de violência contra a mulher.
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