Líder religioso que fingia incorporar entidades para abusar de mulheres é preso
Uma denúncia formal contra um líder religioso, acusado de praticar crimes sexuais contra 10 mulheres foi apresentada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC). A denúncia foi recebida pela Justiça no dia 30 de agosto, e o réu está atualmente preso preventivamente. A identidade do acusado não foi divulgada.
Segundo a investigação, o líder religioso, que atuou entre 2010 e 2024, usou sua posição de influência para cometer os crimes. Ele mantinha uma casa religiosa e, sob a aparência de um "pai espiritual", alegava incorporar entidades que precisavam "possuir" as vítimas por meio de atos libidinosos para que elas pudessem alcançar suas preces espirituais. Muitas das vítimas o procuraram buscando cura e aconselhamento.
A denúncia inclui acusações de violação sexual mediante fraude por 12 vezes, estupro por três vezes, tentativa de estupro uma vez, e importunação sexual por quatro vezes. De acordo com o Promotor de Justiça Fernando Rodrigues de Menezes Júnior, as agressões ocorreram entre 2015 e 2023, com muitas das vítimas sendo abusadas mais de uma vez. Os crimes eram cometidos quando as mulheres, em estado de vulnerabilidade psíquica, buscavam ajuda e orientação espiritual.
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