O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se manifestou, neste domingo (15), sobre a prisão do general Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa do governo Jair Bolsonaro. Durante uma coletiva de imprensa no Hospital Sírio Libanês, onde se recupera de uma cirurgia, Lula afirmou que Braga Netto tem direito à "presunção de inocência", mas que, caso se comprove sua culpa, ele deverá responder severamente pelos atos que cometeu.

"Não é possível a gente admitir que, num país generoso como o Brasil, a gente tenha gente de alta graduação militar tramando a morte de um presidente da República, tramando a morte do seu vice, e tramando a morte de um juiz que era presidente da Suprema Corte Eleitoral", disse. 

Lula se referiu ao envolvimento do general em uma tentativa de golpe de Estado e a um plano para assassinar autoridades, incluindo o próprio presidente. "Se esses caras fizeram o que tentaram fazer, terão que ser punidos severamente. Não podemos aceitar desrespeito à democracia e à Constituição", afirmou.

A prisão de Braga Netto, decretada pela Justiça Federal no sábado (14), está ligada aos desdobramentos de uma investigação sobre uma tentativa de manter Bolsonaro no poder após as eleições de 2022. O ex-ministro está detido na Vila Militar, no Rio de Janeiro, sem prazo determinado para a duração da prisão preventiva.