O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizou, nesta quarta-feira (8), uma cerimônia no Palácio do Planalto para celebrar os dois anos dos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023. O evento, que reuniu ministros, parlamentares e integrantes de tribunais superiores, não contou com a presença dos presidentes da Câmara, Senado e STF. Durante a solenidade, 21 obras de arte vandalizadas foram reintegradas ao acervo da Presidência da República após um processo de restauro.

A escolha do Palácio do Planalto como local do evento destacou a importância da data na defesa da democracia, uma vez que o prédio foi invadido por extremistas há dois anos, em reação à vitória de Lula nas eleições de 2022. O presidente convidou autoridades do governo, do Congresso e do Judiciário, além de governadores, embora a maioria dos chefes de poderes não tenha comparecido.

O ministro do STF, Luiz Edson Fachin, representou o presidente da corte, Luís Roberto Barroso. Entre os presentes, estavam também os ministros do STF Gilmar Mendes, Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia. Moraes, que presidiu o TSE durante as eleições de 2022 e tem se envolvido em processos relacionados aos atos golpistas, foi aplaudido no início da cerimônia.

Além das autoridades, os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica, assim como embaixadores e parlamentares aliados ao governo, estiveram presentes. A cerimônia simbolizou a união em torno da defesa da democracia, mesmo diante da ausência de importantes figuras políticas no evento.