Militar preso nega saber de contrabando de itens pela irmã em caixa de panetone
A defesa do tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo afirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que ele não tinha conhecimento de que sua irmã, Dhebora Bezerra de Azevedo, tentaria levar equipamentos eletrônicos ao visitá-lo no Comando Militar do Planalto, onde está preso. Os objetos foram encontrados dentro de uma caixa de panetone, incluindo um fone, um cabo USB e um cartão de memória. Azevedo está detido desde o mês passado sob suspeita de envolvimento em um plano para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.
Em sua argumentação, os advogados pediram ao ministro Alexandre de Moraes que reconsiderasse a suspensão de todas as visitas a Azevedo, pedindo que a medida se aplicasse apenas à irmã. A defesa enfatizou que não há provas de que o material apreendido fosse destinado ao uso do detido, nem que ele tenha ciência de sua presença na visita.
O incidente ocorreu em 28 de dezembro, quando a caixa de panetone, levada pela irmã, acionou o detector de metais durante a inspeção. A caixa foi aberta e os objetos eletrônicos foram encontrados. Após o episódio, o Comando Militar do Planalto suspendeu as visitas de Dhebora ao irmão, comunicando Moraes sobre a situação.
Rodrigo Bezerra de Azevedo é ex-integrante do batalhão de Forças Especiais do Exército e, em depoimento à Polícia Federal, negou envolvimento no plano golpista que visava a matar figuras políticas.
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