O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta sexta-feira (21) para condenar Antônio Cláudio Alves Ferreira, um dos responsáveis pelo ataque ao Palácio do Planalto do dia 8 de janeiro, a 17 anos de prisão. Ele foi o responsável por quebrar um relógio histórico trazido para o Brasil por Dom João VI, em 1808. 

O objeto, de Balthazar Martinot, foi um dos principais atingidos pelos ataques do 8 de janeiro. O relógio é feito de casco de tartaruga e com um tipo de bronze que não é fabricado há dezenas de anos. No começo de 2024, a peça foi enviada para restauro na Suíça. 

Ao votar a favor da prisão de Ferreira, o ministro afirmou que "está comprovado, tanto pelos depoimentos de testemunhas arroladas pelo Ministério Público, quanto pelas conclusões do Interventor Federal, vídeos e fotos realizados pelo próprio réu e outros elementos informativos, que ANTONIO CLAUDIO ALVES FERREIRA, como participante e frequentador do QGEx e invasor de prédios públicos na Praça dos Três Poderes, com emprego de violência ou grave ameaça, tentou abolir o Estado Democrático de Direito". 

Durante interrogatório, Ferreira confessou que danificou um vidro para ingressar no Planalto e em retaliação aos órgãos de segurança, danificou o relógio e uma poltrona. 

O julgamento ocorre no plenário virtual do STF, quando os ministros inserem seus votos no sistema eletrônico da Corte.