Mulher fica atolada por 18h horas após se perder 'no meio do nada'
Valquíria Inácio Gonçalves, de 55 anos passou por momentos de tensão na última terça-feira (5). A mulher, que seguia para um almoço na fazenda de um amigo em João Pinheiro, no Noroeste de Minas Gerais, passou 18 horas presa em seu carro, atolado em um caminho de terra.
No dia que aconteceu o caso, Valquíria, após pegar um desvio devido à chuva, se viu encalhada em um campo de eucaliptos. "Na hora que eu fiquei atolada já não estava chovendo mais, faltavam mais ou menos 6 quilômetros para eu chegar no meu destino", contou. Sem sinal de celular e com a bateria do telefone descarregada, Valquíria passou a noite sozinha, conversando com Deus e se alimentando de mangabas que encontrou no local.
"Não fiquei nervosa, era eu e Deus. Conversei com ele o tempo todo e disse que se fosse da vontade dele que eu passasse a noite ali, que me iluminasse e me protegesse", relata.
Enquanto Valquíria lutava pela sobrevivência, sua família vivia momentos de angústia. O filho, Gabriel, ao perceber que a mãe não havia retornado, acionou a polícia, mas as buscas só poderiam ser iniciadas após 24 horas de desaparecimento.
A sorte, no entanto, sorriu para Valquíria. Por volta das 4 horas da manhã de quarta-feira, trabalhadores de uma empresa local ouviram ruídos e encontraram a mulher debilitada, mas viva. "O que me salvou foi Deus e as mangabas que eu usei para me alimentar", afirma emocionada.
Os trabalhadores prestaram os primeiros socorros e a levaram para um lugar seguro. "Eles me colocaram em uma das máquinas, deram água, comida e desatolaram o carro do barro", relembra Valquíria.
ASSUNTOS: Brasil