Prefeito pega cilindro de hospital para bombear chopp e idosa que usava o objeto morre
Uma idosa de 64 anos, morreu após precisar de um cilindro de oxigênio, que estava sendo usado para bombear chope em uma festa de José Claudio Pol, então prefeito de Luiziana (PR), em janeiro de 2013. Sete anos após a morte da mulher, o TJ-PR (Tribunal de Justiça do Paraná) condenou, nessa terça-feira (28), a prefeitura a pagar R$ 160 mil em indenizações aos filhos dela. O político também foi condenado e pode ir a júri popular.
Segundo o Bhaz, o caso aconteceu na madrugada de 1º de janeiro de 2013, quando a mulher deu entrada no posto de saúde da cidade. Ela estava passando muito mal e foi colocada para respirar com auxílio de um aparelho de oxigênio grande, de acordo com testemunhas do processo.
Com a gravidade do quadro de saúde da vítima, a mulher precisou ser transferida para um hospital melhor, em Campo Mourão, na mesma região. Contudo, segundo as testemunhas, não havia cilindro de oxigênio na ambulância e o grande não entrava no veículo. O menor teria sido retirado do posto por um funcionário da administração municipal a pedido do prefeito.
Cilindro levado para festa
O único cilindro do posto foi levado para a casa do prefeito, para a realização de uma festa de Réveillon. O equipamento foi usado para bombear chope. Uma foto mostra as pessoas em volta do aparelho.
De acordo com o TJ-PR, uma das testemunhas disse que uma funcionária do posto estava abanando a paciente na hora em que foi colocada na ambulância, “sendo evidente que ela estava com dificuldade de respirar”.
A mulher deu entrada em estado gravíssimo no hospital de Campo Mourão, e teve morte confirmada por falência múltipla dos órgãos, insuficiência de irrigação sanguínea e infarto agudo do miocárdio.
Durante a investigação criminal, um parecer técnico mostra que a falta de oxigênio ajudou no agravamento do quadro da mulher e em sua consequente morte.
Ex-prefeito condenado
Em março de 2018, o ex-prefeito José Claudio Pol foi condenado por improbidade administrativa. Com a condenação, ficou determinada a suspensão dos direitos políticos por três anos e o pagamento de uma multa de dez vezes a remuneração que recebia durante seu mandato.
Já na esfera criminal, o ex-prefeito é réu por homicídio qualificado por motivo fútil e peculato, que é a apropriação de recursos ou bens públicos. Em março do ano passado, a Justiça determinou que ele fosse a
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