'Não podemos normalizar o absurdo', diz Flávio Dino sobre fogo no Pantanal e na Amazônia
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, classificou as queimadas na Amazônia e no Pantanal como uma “pandemia de incêndios florestais” e exigiu uma resposta imediata para combater a crise ambiental. Durante audiência no STF nesta terça-feira (10), Dino afirmou que o Brasil não pode "normalizar o absurdo" e ressaltou que 60% do território nacional está sendo afetado pelos incêndios.
Dino pediu a ampliação do efetivo de combate aos incêndios e deu um prazo de cinco dias para a convocação de mais bombeiros para a Força Nacional, além de um mutirão de investigação para identificar e combater as causas dos incêndios provocados por ação humana. Ele destacou que as queimadas são um problema grave e inaceitável, impactando o meio ambiente, a vida humana e a economia.
Entre as medidas decididas na audiência estão:
- Convocação de bombeiros adicionais e ampliação do efetivo de aeronaves para combate aos incêndios, com prazo de 10 dias para implementar essas ações.
- Criação de um Plano de Ação Emergencial para prevenção e enfrentamento dos incêndios, a ser apresentado em 90 dias.
- Envio de um cronograma detalhado de ações pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública em 30 dias.
- Aumento do efetivo da Polícia Rodoviária Federal na Amazônia e no Pantanal, também em cinco dias.
Dino reforçou a necessidade de tratar a questão com a mesma seriedade que a pandemia de Covid-19 e as cheias no Rio Grande do Sul, afirmando que as queimadas são exacerbadas pela ação humana e precisam ser combatidas com urgência.
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