Odebrecht está proibida de obter contratos públicos com o Panamá
O governo do Panamá anunciou nesta terça-feira (27) que proibirá a Odebrecht de obter novos contratos de obras públicas no país até que a construtora brasileira devolva o dinheiro desviado em esquemas de corrupção e subornos.
O governo também fará com que a empresa desista de licitações em andamento, entre elas a da construção de uma ponte sobre o Canal do Panamá e da linha 3 do metrô, afirmou o ministro da Presidência, Álvaro Alemán, em discurso.
Além disso, o país vai adotar ações para que a empresa brasileira devolva a concessão de um projeto hidrelétrico (Chan 2) e cancele, sem custo para o Estado, o contrato de associação para a obra, que ainda não começou.
O Estado panamenho, através da estatal Empresa de Geração Elétrica (Egesa), assinou em junho de 2014 um contrato de US$ 1,049 bilhões com a Odebrecht para construir a hidrelétrica Chan 2.
Alemán leu uma resolução na qual se condena o pagamento de US$ 59 milhões em subornos a funcionários panamenhos pela construtora, que constam em documentos do Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ) divulgados na semana passada.
Além do Panamá, a Odebrecht admitiu o pagamento de propina em outros 10 países e se comprometeu a pagar multas que somam US$ 2,047 bilhões aos governos de EUA, Brasil e Suíça.
A Odebrecht está envolvida em grandes projetos de infraestrutura no Panamá, como a linha 2 do metrô, a renovação da cidade de Colón e a ampliação do aeroporto de Tocumen.
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