O Ministério Público Eleitoral determinou nesta quinta-feira (15) a abertura de inquérito pela Polícia Federal para investigar a divulgação de fake news por Pablo Marçal (PRTB), candidato à Prefeitura de São Paulo, contra seu adversário Guilherme Boulos (PSOL). Marçal, sem apresentar provas, alegou publicamente que Boulos é usuário de cocaína.

O promotor eleitoral Nelson dos Santos Pereira Júnior, da 2ª Zona Eleitoral de São Paulo, apontou que as declarações de Marçal violam pelo menos três artigos do Código Eleitoral. Segundo Pereira Júnior, as alegações feitas por Marçal têm o claro propósito de campanha e configuram uma propaganda "manifestamente desonesta", que pode influenciar negativamente o eleitorado.

Condenações Anteriores
Marçal já enfrentou duas condenações pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) devido às mesmas acusações. Na última segunda-feira (12), o juiz eleitoral Rodrigo Marzola Colombini ordenou que redes sociais como Facebook, TikTok e X removam o conteúdo difamatório, caso contrário, as empresas terão 24 horas para cumprir a decisão judicial. Colombini criticou as postagens de Marçal, afirmando que elas são exclusivamente difamatórias e desprovidas de relevância eleitoral para o pleito municipal. Ele destacou que os conteúdos visam apenas a difamação de Boulos, sem contribuir de forma construtiva para a campanha eleitoral.