O senador Plínio Valério (PSDB-AM) se manifestou em apoio ao colega Marcos do Val (Podemos-ES), que denunciou no plenário do Senado as violações de seu mandato pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. De acordo com do Val, o STF bloqueou sua conta bancária, seu passaporte diplomático e impôs uma multa milionária, tudo sem nenhuma condenação formal. Em seu discurso, Plínio expressou-se profundamente envergonhado e ofendido ao ver um outro poder interferir na atuação de um senador da República.

O líder do PSDB afirmou que, desde sua posse, alertou o então presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, sobre o risco de uma crise institucional caso o impeachment de Moraes não fosse colocado em pauta. Plínio lembrou que suas preocupações nunca foram levadas em consideração, e agora, conforme ele previu, a “tempestade perfeita” institucional se concretizou. “Em 2023, a tempestade veio!”, afirmou, enfatizando a gravidade da situação e a necessidade de uma resposta urgente do Senado.

Bastidores da Política - O julgamento de Baby do Brasil

Bastidores da Política
O julgamento de Baby do Brasil

Plínio também destacou o tratamento desrespeitoso que Marcos do Val tem recebido. “Parece que o Marcos do Val não é senador, é um ET que caiu ali”, criticou, mencionando que, enquanto o Senado se omitia, situações semelhantes de abuso de poder e violação de direitos passavam despercebidas. Ele ressaltou que o impacto de tais ações vai além do parlamentar, afetando também sua família, como no caso de sua filha estudante, que sofre com os bloqueios financeiros.

O senador do Amazonas concluiu sua manifestação lembrando que, em um país onde as instituições se respeitassem, jamais se permitiria o bloqueio de salários e a invasão do gabinete de um parlamentar. “O que aconteceu com Marcos do Val me envergonha como senador e como cidadão”, disse Plínio, reforçando que, apesar de ser um gesto simbólico, seu apoio à luta de Marcos do Val é firme e incondicional. Ele finalizou cobrando uma ação decisiva do Senado para corrigir a atual escalada de abusos e proteger as prerrogativas dos parlamentares.