PMs que abordaram filhos negros de embaixadores serão investigados por racismo
Os dois policiais militares que abordaram filhos de diplomatas em Ipanema, Rio de Janeiro, serão investigados por racismo. O caso está sendo analisado pela Delegacia de Apoio ao Turismo (Deat) e pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi).
Um dos jovens, de 14 anos, é filho de uma assistente do embaixador do Canadá no Brasil. Ele e outros 4 jovens, sendo dois brasileiros brancos e dois filhos dos embaixadores do Gabão e de Burkina Faso, ambos negros, estavam caminhando pela rua Prudente de Moraes, em Ipanema, quando foram abordados com armas em punho pelos agentes.
O adolescente branco disse que o tratamento com jovens negros foi diferente. Segundo ele, um dos jovens chegou a se machucar por causa da forma que foi prensado na parede. Ele disse ainda que apenas um jovem, que é branco, não foi revistado.
O Itamaraty chegou a se encontrar com as famílias dos jovens na sexta-feira (6) para pedir desculpas. Por meio de nota, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que recebeu os embaixadores do Gabão e Burkina Faso em Brasília para falar sobre a abordagem.
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