A polícia descreveu com detalhes como foi o passo a passo da advogada Amanda Partata, antes e durante do envenenamento que levou a morte o pai e a avó do ex-namorado.

Conforme o delegado Carlos Alfama, Amanda morava na cidade de Itumbiara, mas chegou a Goiânia três anos antes do crime. Na ocasião, ela se hospedou em um hotel, fez compras em um shopping, no dia seguinte passou o dia no hotel e no terceiro, foi até tomar café da manhã na casa da família do ex.

Câmeras de segurança registraram o momento em que ela esteve em um estabelecimento, na manhã de domingo (17), comprou comida e suco para o café e voltou para o hotel. 

A polícia acredita que foi nesse momento, que ela envenenou o suco servido às vítimas. Logo depois, ela seguiu para o apartamento de Luzia Alves, avó de Leonardo, o ex-namorado.

No local, ela conversou e comeu com Luzia e o ex-sogro. Apenas o marido da idosa não quis participar do café e sem saber, escapou do envenenamento.

Amanda passou cerca de três horas no apartamento e depois foi embora. Quando as vítimas começaram a passar mal, Amanda foi avisada e orientada a buscar um hospital, já que ela tinha comido as mesmas coisas e estaria grávida.

Até então, as vítimas achavam que os alimentos estavam contaminados com algum tipo de bactéria. Porém, Amanda comeu pouquíssimo e não estava passando mal. 

O delegado afirma que ela só procurou uma unidade hospitalar próximo da meia-noite e ainda assim, fingiu os sintomas. Depois disso, ela voltou para casa em sua cidade e permaneceu lá.

Ao saber que a polícia havia descoberto sobre o envenenamento e estava no encalço dela, Amanda teria tentado tirar a própria vida e foi internada em uma clínica psiquiátrica até ser presa, na quarta-feira (20).

A mulher nega o crime, mas para a polícia, há fortes indícios de que ela planejou e executou a morte do ex-sogro e da mãe dele por vingança, por não aceitar o fim do namoro com o ex.

A polícia também descobriu que ela não está grávida e tem descoberto uma longa lista de antecedentes de Amanda que vão de estelionato a assédio de crianças. A advogada segue presa em Goiânia.