Prefeitura exonera sócio de laboratório por contaminação de pessoas por HIV após transplantes

A prefeitura de Nova Iguaçu exonerou nesta sexta-feira (11) o ginecologista Walter Vieira do cargo de presidente do Comitê Gestor de Vigilância e Análise do Óbito Materno Infantil e Fetal. Walter, sócio do laboratório PCS Saleme, está sendo investigado pela contaminação de seis pessoas por HIV após transplantes no Rio de Janeiro. O laboratório foi interditado pela Anvisa, e a prefeitura informou que o médico exercia o cargo de forma não remunerada.
A Secretaria Municipal de Saúde esclareceu que o contrato com o laboratório PCS Saleme foi encerrado em fevereiro deste ano, e, após a interdição pela Anvisa, o contrato com a Organização Social (OS) que geria o serviço também foi encerrado. A prefeitura afirmou que um novo laboratório será contratado emergencialmente para garantir a continuidade dos exames dos pacientes.
O Ministério da Saúde anunciou uma auditoria no sistema de transplantes do Rio de Janeiro e determinou que o Hemorio assuma todos os testes de doadores de órgãos no estado. Além disso, todos os exames realizados pelo laboratório PCS Saleme serão revisados para evitar novos erros.
O caso envolve a contaminação de receptores de rins, fígado e coração. O primeiro paciente apresentou sintomas nove meses após o transplante, levando à descoberta de que os exames iniciais dos doadores, que indicaram negativo para HIV, estavam errados. Agora, o Hemorio testa outros doadores para verificar se há mais casos de contaminação.

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