O governo federal propôs, na última terça-feira (15), o valor de R$ 1.630 para o salário mínimo de 2026, conforme a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Esse aumento de 7,38% em relação ao atual salário mínimo de R$ 1.518 ainda não é definitivo, pois o valor final será ajustado conforme a inflação até o fim deste ano. O novo valor, se confirmado, será aplicado a partir de janeiro de 2026, impactando diretamente os salários de trabalhadores e os gastos públicos.

A previsão de R$ 1.630 foi incluída na proposta do Orçamento, mas é importante lembrar que o valor pode variar conforme o desempenho da inflação ao longo de 2025. De acordo com a fórmula usada pelo governo, o salário mínimo é ajustado levando em conta a variação da inflação do ano anterior e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. No entanto, o governo limitou o ganho real a 2,5%, o que pode reduzir o impacto do aumento.

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O economista Felipe Salto, da Warren Investimentos, sugere que, caso as condições do mercado se mantenham favoráveis, o salário mínimo poderia alcançar R$ 1.636,40, resultando em um aumento de R$ 118,40. Isso representaria uma despesa maior para o governo, especialmente considerando os benefícios vinculados ao mínimo, como aposentadorias e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que são diretamente afetados por essa mudança.

Embora o valor projetado para 2026 ainda seja incerto, especialistas apontam que qualquer aumento no salário mínimo terá um impacto considerável nas finanças públicas. Cada R$ 1 de aumento no valor do mínimo eleva os custos do governo em cerca de R$ 420 milhões, principalmente devido aos gastos com a Previdência Social. Esse efeito é especialmente significativo para o orçamento da União, que já enfrenta desafios fiscais devido a cortes de gastos e limitações no crescimento da economia.