O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria de votos, nesta quinta-feira (8), para condenar Maria de Fátima Mendonça Jacinto, a "Fátima de Tubarão", pelos atos golpistas no dia 8 de janeiro de 2023, no Palácio do Planalto. 

O ministro Alexandre de Moraes condenou Fátima a 17 anos de prisão, sendo 15 em regime fechado. Além disso, foi determinado o pagamento de uma multa de cerca de R$ 43 mil mais correção monetária. O voto de Moraes foi acompanhado por Edson Fachin. 

Na decisão de Moraes, ele ordenou que Fátima Tubarão, junto com outros condenados pelos ataques, pague uma indenização por danos morais coletivos de R$ 30 milhões.

Flávio Dino, Cármen Lúcia e Dias Toffoli também acompanharam o voto de Alexandre de Moraes. 

O ministro Cristiano Zanin votou pela pena de 15 anos de prisão, sendo 13 anos e seis meses em regime fechado, e também optou pela multa no valor de R$ 2 mil mais correção monetária. Já Luís Barroso propôs uma pena de 11 anos e 6 meses de prisão. 

Fátima Tubarão está sendo acusada de Golpe de Estado; abolição violenta do Estado Democrático de Direito; associação criminosa armada; deterioração de patrimônio tombado; e dano qualificado. 

Maria de Fátima participou dos ataques de 8 de janeiro. Ela apareceu em um vídeo gritando "Vamos para a guerra, vou pegar o Xandão agora". Em outras imagens ela alega que "estava quebrando tudo". No dia 27 de janeiro do mesmo ano, ela foi presa durante a 3ª fase da Operação Lesa Pátria.