Técnico de enfermagem é suspeito de fotografar partes íntimas de paciente sedada
Um técnico de enfermagem de 51 anos, que não teve o nome revelado, é suspeito de fotografar as partes íntimas de uma paciente sedada no Hospital Federal Cardoso Fontes, no Rio de Janeiro.
O crime ocorreu no dia 25 de julho, mas só foi revelado à vítima oito dias depois, quando ela já havia deixado a unidade.
Na ocasião do fato, a vítima estava na sala de cirurgia prestes a passar por uma cirurgia no momento do crime. O flagrante foi feito pelo próprio cirurgião urologista que havia saído da sala por alguns instantes e ao voltar, encontrou o técnico no vidro da porta com o celular na mão e a câmera ligada.
Ele contou à polícia que no momento em que surpreendeu o técnico, viu claramente a imagem das partes íntimas da paciente e confrontou o profissional sobre o que ele estava fazendo. O técnico afirmou que estava em contato com a esposa e havia ligado a câmera para fazer uma selfie a fim de enviar para ela.
O médico não se convenceu e após realizar a cirurgia, procurou seu chefe e a diretoria do hospital e denunciou o suspeito. Os mesmos decidiram contar para a vítima, que denunciou o homem.
Mesmo assim, o técnico não foi suspenso das atividades e continua atuando na unidade. Ele chegou a ser chamado na delegacia e prestou depoimento, mas negou as acusações e afirmou que tudo não se passava de inveja por parte do médico.
Contudo, na ficha criminal dele a polícia encontrou uma passagem por abuso sexual contra uma adolescente de 16 anos, outra por ameaça e maus-tratos contra a mãe, outra por estelionato e associação criminosa e uma por apropriação indébita.
Diante da situação, no dia 8 de agosto, a delegada responsável pelo caso solicitou a apreensão do aparelho celular do técnico de enfermagem e pediu a quebra do sigilo telemático. Ele também foi denunciado ao Conselho Regional de Enfermagem e será alvo de uma investigação interna acompanhada pelo Ministério da Saúde.
A vítima, que é agente de saúde, está em choque com a situação e não descarta que o homem possa ter feito outras vítimas. Ela segue com o processo e pede justiça pelo que passou.
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