A disputa tarifária entre Estados Unidos e China abre espaço para o Brasil ampliar suas exportações, especialmente no setor agropecuário. Segundo Luis Rua, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária, produtos como soja, carne de aves, suína e bovina podem ganhar mercado na China, que atualmente importa cerca de 30% de sua carne de aves dos EUA. Com os americanos reduzindo sua presença, o Brasil surge como alternativa competitiva, embora enfrente concorrência de outros países.

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Rua destacou que o Brasil possui vantagens como qualidade, sustentabilidade e sanidade em seus produtos, além de uma situação fitossanitária privilegiada. Essas características tornam o país um fornecedor estratégico para atender à demanda chinesa, caso o apetite por produtos brasileiros aumente. Ele também ressaltou que poucos países têm a escala necessária para competir com o Brasil nesse mercado.

Apesar das tensões entre as superpotências, o Brasil mantém sua política de diálogo com todos os países, buscando promover a paz geopolítica. O secretário afirmou que o país continuará negociando com EUA, China e outros parceiros, sem alterar sua estratégia comercial, enquanto monitora os impactos das tarifas adicionais impostas pelos americanos.