Três prefeitos eleitos morreram antes da posse e 20 foram impedidos pela Justiça
Na última quarta-feira, 1º de janeiro de 2025, ao menos 24 candidatos a prefeito eleitos em outubro de 2024 não tomaram posse. Dentre eles, três, das cidades Arroio dos Ratos (RS), Augusto Pestana (RS) e Cabreúva (SP), faleceram de causas naturais. Nos casos dessas cidades, os vice-prefeitos assumiram os cargos.
Além das mortes, 21 prefeitos eleitos estavam impedidos de assumir devido a decisões da Justiça Eleitoral. Um dos casos mais notáveis é o de José Braga Barrozo, eleito em Santa Quitéria (CE), que foi preso horas antes da cerimônia de posse, suspeito de envolvimento com uma facção criminosa que atuou em sua campanha. Outro caso em destaque é o de Bebeto Queiroz, eleito em Choró (CE), cuja posse foi suspensa devido a um mandado de prisão em aberto.
Quando a posse é barrada por questões legais, o presidente da câmara municipal assume como prefeito interino, até que a Justiça decida sobre o resultado da eleição ou convoque novas eleições. Essa regra se aplica em ambos os casos mencionados, onde os vereadores interinos tomaram posse.
O levantamento realizado pelo g1 destaca que, ao longo de 5.569 municípios brasileiros, a situação dos eleitos mostra um cenário preocupante, refletindo as dificuldades enfrentadas por muitos dos novos gestores. A instabilidade política pode afetar a administração local em um momento crucial para a gestão pública.
Com o PSD assumindo a liderança entre os partidos com o maior número de prefeitos, esse contexto também destaca a complexa relação entre política e Justiça no Brasil, onde desafios jurídicos podem impactar a governança municipal e a confiança da população nas instituições.
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