O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e Marcelo Câmara, ex-assessor de Jair Bolsonaro, prestam depoimento à Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (12) em Brasília, como parte da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado que visava impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2023. Ambos estão entre os 40 indiciados no caso, que envolve políticos, militares e servidores públicos.

De acordo com a PF, Valdemar é acusado de financiar e promover desinformação sobre as urnas eletrônicas, enquanto Marcelo Câmara, coronel da reserva, é apontado como um dos principais articuladores da trama golpista. O relatório da PF foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), e se a Procuradoria-Geral da República (PGR) considerar que há elementos suficientes, poderá oferecer denúncia contra os envolvidos, incluindo Bolsonaro, que se tornarão réus se a denúncia for aceita.

Na quarta-feira (11), a PF indiciou mais três pessoas, todas militares, elevando para 40 o número de indiciados. Entre os novos acusados estão Aparecido Andrade Portella, suplente da senadora Tereza Cristina, e os coronéis Reginaldo Vieira de Abreu e Rodrigo Bezerra de Azevedo. As investigações revelaram detalhes sobre a atuação desses indivíduos, como o uso de codinomes e o envolvimento em articulações para reverter os resultados das eleições de 2022, incluindo tentativas de desinformação e até planos de violência contra autoridades como o ministro Alexandre de Moraes.