O vereador José da Silva Richter, conhecido como Russo Richter, presidente da Câmara de Independência, no Rio Grande do Sul, está sob investigação da Polícia Civil após fazer uma declaração racista durante uma sessão legislativa em 20 de janeiro. Ao criticar a gestão anterior, ele utilizou a expressão "se fizerem negrice", o que gerou indignação e levou à instauração de um inquérito policial. O delegado responsável pela investigação, João Vittorio Barbato, destacou que, embora a frase não tenha atingido uma pessoa em específico, ela perpetua um tipo de racismo que afeta a coletividade. 

Richter se defendeu em nota, afirmando que sua fala foi "inapropriada e infeliz" e que, em seus 35 anos de carreira política, nunca havia enfrentado processos criminais. Ele alegou que não tinha intenção de ofender e que sua expressão foi usada em um momento de indignação relacionada à gestão pública, não de forma racista. O vereador reconheceu que sua escolha de palavras foi equivocada, mas insistiu que seu foco era criticar a má administração anterior que prejudicou o município.

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A declaração gerou uma reação negativa, e a pena para o crime de racismo, caso Richter seja condenado, pode variar de dois a cinco anos de reclusão, especialmente agravada por ser um funcionário público e por ter sido divulgada na internet. O inquérito já foi aberto, e o vereador será convocado para prestar depoimento.

Independência, município com menos de 6.500 habitantes, possui uma Câmara de Vereadores composta por nove representantes.