Vereadora Tatiana Medeiros é presa no Piauí por suspeita de envolvimento com facção

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A Operação Escudo Eleitoral, deflagrada hoje (3) pela Polícia Federal prendeu a vereadora Tatiana Medeiros, do PSB, em Teresina, no Piauí. A parlamentar é suspeita de ter ligação com uma facção criminosa local e de lavar dinheiro do tráfico para o grupo por meio de uma ONG criada por ela.
Tatiana foi eleita em 2024, com 2.925 votos, e assumiu o mandato em janeiro deste ano, na Câmara Municipal de Teresina. Ela foi presa no condomínio onde mora, na zona leste da capital e foi afastada do cargo. Segundo a PF, durante as investigações, foram encontrados fortes indícios de que a campanha dela foi custeada pela facção e que houve desvio de verba da ONG “Vamos Juntos”.

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"A investigação, iniciada após a divulgação dos resultados das Eleições 2024, identificou elementos que apontaram vínculo entre candidata eleita ao cargo de vereadora na capital piauiense e expoente de facção criminosa violenta com grande atuação no estado".
Durante a operação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão e prisão contra a vereadora e outra pessoa que não teve o nome divulgado. Além do afastamento da vereadora do cargo, a Justiça Eleitoral também suspendeu as atividades da ONG dela e proibiu o recebimento de qualquer tipo de verba. Em dezembro do ano passado, Tatiana já tinha sido alvo de outra operação da PF e na ONG dela e em outro endereço foram apreendidos R$ 100 mil em espécie.
Quanto ao afastamento do cargo, Tatiana e a segunda pessoa presa também não podem voltar à Câmara, nem fazer contato com funcionários. A parlamentar deve passar por audiência de custódia nesta sexta-feira (4) e até o momento, ela não se manifestou sobre a prisão por meio de advogados ou da assessoria.
Vale destacar que o marido dela, Alandilson Cardoso, 33, já tinha sido preso em novembro de 2024 por suspeita de envolvimento no tráfico de drogas, em organização criminosa, roubo qualificado e posse irregular de arma. Na ocasião, ele e Tatiana estavam em um hotel em Belo Horizonte e iriam viajar para São Paulo. A operação foi coordenada pela Polícia Civil do Piauí, que já estava com o casal no radar.
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