Carlos Lôbo é condenado a 25 anos de prisão pelo assassinato da filha
Apesar das suspeitas de que Carlos Lôbo tivesse abusado sexualmente da filha Carmem Rebeca, antes de matá-la, legistas do Instituto Médico Legal (IML) descartaram essa hipótese, também levantada pela mãe da menina, Carmem Lôbo.
Carlos, no entanto, em seu depoimento afirmou que em nenhum momento passou por sua cabeça o desejo de agredir sexualmente a filha, ainda que estivesse “possuído por um demônio ou entidade semelhante” na ocasião. Ao ser questionado por repórteres se tinha dúvidas de que Rebeca fosse sua filha legítima, ele afirmou que sim.
Sem justificativas para o crime, sem ato sexual durante a agressão, tudo estava sem explicações e as várias perguntas sobre o motivo de um crime violento contra uma jovem bela e querida, estavam sem respostas significativas.
A esposa dele, Carmem, chegou a confrontá-lo, publicamente, no Distrito Policial, quando ficou frente a frente com o assassino de Rebeca. Aos gritos, de acordo com registros na imprensa à época, perguntava: “Carlos, o que é que você fez, seu desgraçado? Porque mataste tua filha, rasgando-lhe o ventre? Não pensastes nos planos que fizemos juntos pensando no futuro dela? Minha vontade é matar-te pouco a pouco e engolir todo o teu sangue”.
Carmem foi retirada do local por familiares e amigos e Carlos Lobo enviado à Penitenciária Central do Estado, onde após julgamento pelo Tribunal e Justiça no dia 04/05/1981, foi condenado a 25 anos de prisão sem nunca revelar os motivos que o teriam levado a acabar com a vida da própria filha.
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ASSUNTOS: Caso Rebeca