Rebeca Lobo é morta a facadas na própria casa e pai é suspeito
A noite de 30 de abril de 1981 marcou para sempre a vida da família Lôbo de Carvalho, na residência deles na rua Emílio Moreira, no bairro da Praça 14 de Janeiro, zona Centro-Sul.
A estudante do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, Carmem Rebeca Miguel Lobo Carvalho, de apenas 13 anos, foi encontrada morta com várias perfurações de faca pelo corpo, em sua residência, pela própria mãe, Carmen Miguel Lôbo.
Sem sinais de arrombamento da casa, as suspeitas levantadas pela polícia recaíram, imediatamente, sobre o pai dela, Carlos Lobo de Carvalho, ex-secretário de Comunicação no Acre e comerciante proprietário de um escritório de representações comerciais na cidade. Carmem era funcionária de uma loja comercial.
A família Lôbo Carvalho era conhecida no bairro Praça 14 de Janeiro, local onde funcionava o escritório de Carlos e parecia ser improvável pensar que o crime pudesse ter sido cometido por um membro dela.
Mas reportagens divulgadas nos jornais da época informaram que a mãe da menina teria afirmado não ter dúvidas de que o assassino seria o marido dela. Mesmo sendo considerado um marido e pai exemplar, que não fumava e não bebia, Lobo teria um comportamento diferente em relação à Rebeca e os demais filhos.
Carlos Lôbo teria um comportamento obsessivo em relação à menina, fato gerador de ciúmes dos demais filhos. Ela era a preferida nos passeios e nos mimos.
NAMORO PROIBIDO
Especulações à época mostraram que, um ano antes do crime, em 1980, Rebeca começou a namorar um jovem chamado Valber José Santana Feitosa, morador da rua Nhamundá, no mesmo bairro.
Carlos teria ficado irritado com o fato e procurou o padrasto de Valber com o propósito de proibir o namoro. O padrasto de Valber, Francisco Augusto da Cruz, subtenente reformado da Polícia Militar, confirmou em depoimento à polícia, ter sido procurado por Carlos, que pediu a ele providências para acabar com o namoro de Rebeca, considerada por ele muito jovem para se relacionar amorosamente.
Sem conseguir seu objetivo, Carlos teria ido novamente à residência de Francisco Augusto, ameaçando “aplicar um corretivo em Valber” caso os dois não rompessem relações. Mas naquele dia teria lido uma carta de Rebeca para o namorado insistindo em manter o namoro.
ASSUNTOS: Caso Rebeca