Vilões da imprensa marrom ou vítimas das engrenagens do poder?
Resumo da Notícia
- Até onde podem chegar os limites morais e éticos da mídia por uma boa história e liderança de audiência e seus resultados políticos.
A chamada “imprensa marrom”, praticada de forma marginal à ética e a moral que teoricamente norteia tanto a linha editorial do veículo de mídia, quanto o trabalho profissional do jornalista, marcou época até pouco tempo.
E ainda hoje, o sensacionalismo espetaculoso alavanca tiragens e audiências em quase todas as mídias abertas. Embora seguidas e mais vigiadas pelos militantes do mundo virtual.
Aqui no Amazonas, o programa televisivo “Canal Livre” adotou o modelo sensacionalista policialesco, levando para o auditório da TV Rio Negro e TV Em Tempo, a realidade da violência urbana de Manaus.
Criado pelo repórter e policial Wallace Souza, ao longo de seus 13 anos de existência, de 1996 a 2009, escancarou o submundo do crime, que descambou para numa versão marrom do noticiário.
“Canal Livre” marcou o uso da mídia como ‘escada’ para carreiras políticas. Os “Irmãos Souza”, Wallace, Carlos e Fausto, apresentadores do programa, saíram do palco para o plenário das casas legislativas.
Heróis na periferia como “Irmãos Coragem”, por denunciar a violência e cobrar ações do poder, Carlos e Wallace tiveram carreiras meteóricas, até transbordar o escândalo que os transformou em vilões.
ASSUNTOS: Caso Wallace