A Disney revelou as primeiras imagens do live-action de Branca de Neve, gerando discussão ao optar por representar os sete anões com CGI. A escolha reacendeu uma polêmica que começou em 2022, quando o ator Peter Dinklage, famoso por seu papel em Game of Thrones, criticou a representação de anões no filme. Dinklage apontou que a produção parecia reforçar estereótipos de pessoas com nanismo.

Em uma declaração ao podcast WFT, Dinklage expressou seu descontentamento: "Não faz sentido para mim [...] De um lado, são progressistas, do outro, ainda estão fazendo aquela história retrógrada sobre sete anões vivendo em uma caverna juntos. O que vocês estão fazendo, cara? Não fiz nada para promover a minha causa? Acho que não estou falando alto o bastante."

Em resposta, a Disney afirmou que buscaria uma "abordagem diferente" para os sete anões no filme, com o objetivo de evitar a perpetuação dos estereótipos do filme animado original. O estúdio anunciou que estava consultando pessoas com nanismo para criar uma representação mais sensível.

A decisão de usar CGI e o trabalho de Martin Klebba para interpretar todos os anões, com auxílio de computação gráfica, trouxe a questão de volta ao debate. A produtora Terra Jolé criticou a Disney, afirmando que o estúdio ouviu "só uma pessoa", referindo-se a Dinklage, e ignorou a opinião da comunidade mais ampla. Jolé expressou perplexidade com a decisão e o poder que a popularidade de Dinklage parece ter influenciado o processo.

A documentarista Cara Reedy também se manifestou, criticando Dinklage por não apoiar ativamente a comunidade de pessoas com nanismo, apesar de suas declarações públicas sobre o tema. Reedy sugeriu que Dinklage não desempenha um papel significativo na promoção dos interesses da comunidade.

O debate centraliza-se na questão de que a escolha do estúdio para usar CGI pode ter levado à exclusão de seis atores com nanismo, além de potencialmente resultar em um custo mais alto com computação gráfica do que com a contratação desses artistas.