O comentarista da CNN Brasil, Leandro Narloch, deixou os colegas, Marcela Rahal e Phelipe Siani, sem reação ao comentar a decisão do STF de permitir a doação de sangue por homossexuais, e foi detonado por internautas, que o acusaram de dar um show de homofobia, reforçando ideias preconceituosas. 

"A mudança na verdade é pequena, ela vai restringir mais a conduta, e não o tipo de pessoa, a opção sexual (sic) do indivíduo. Toda essa polêmica começou porque, não há dúvida disso, os gays, os homens gays, eles têm uma chance muito maior de ter Aids, né? Em 2018, uma pesquisa mostrou que 25% dos gays de São Paulo eram portadores de HIV", disse ele, que não citou a fonte da pesquisa.  "[...] o fato é que é dezenas de vezes maior, maior a chance do que na população geral. A questão é que outros critérios para exclusão já restringem os gays que têm comportamento promíscuo, né? A regra como estava agora, ela estava muito injusta com os gays, por exemplo, que se cuidavam, que faziam sexo protegido ou então que tinham um parceiro só durante toda a vida. E se você simplesmente fizer uma regra, como já existem em vários hemocentros, que exclui as pessoas que têm muitos parceiros sexuais, ou sexo sem camisinha, você já retira todo o problema. Então aí é uma pequena mudança e, sim, muito boa".

Phelipe Siani ficou sem jeito com a fala: "Bom, é... A gente acabou de falar sobre essa mudança de protocolo. 2020 e só agora a gente teve retirado de fato esse impedimento de homossexuais fazendo doação de sangue". "Gente", disse Marcela, que em seguida mudou de assunto.

Ao contrário dos apresentadores, internautas reagiram com fortes críticas à fala, incluindo também a reação pouco firme dos colegas.

Ao comentar o assunto nas redes sociais após a repercussão ruim, Narloch reafirmou tudo o que disse e reclamou que o comentário foi 'interpretado' como homofóbico:" O que eu disse: gays têm muito mais AIDS que a população geral, mas a lei era injusta com os que tem parceiro fixo e se protege. Como a regra que restringe homens e mulheres com muitos parceiros segue valendo, a mudança foi boa.  O que entenderam: homofobia, preconceito etc.".