Estudante de 15 anos, foi espancada por duas meninas na saída da escola por ser bonita
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Arquivo Pessoal

O fim da exigência do diploma de jornalista produziu a bagunça atual
Aconteceu na sáda da Escola Estadual Castelo Branco, em Limeira, São Paulo. Uma estudante foi espancada na saída para o intervalo das aulas por pelo menos duas meninas, o motivo da agressão é a beleza da menina. A adolescente sofreu ferimentos no rosto e no pescoço. Além de tapas e socos, uma tesoura chegou a ser utilizada pelas agressoras.
As menores foram identificadas através de vídeos gravados pelos próprios alunos. Segundo a delegada Andrea Arnosti, responsável pela apuração do caso, elas responderão por lesão corporal dolosa e foram colocadas à disposição da Vara da Infância e Juventude da cidade. Uma delas, segundo a polícia, já tem passagem policial pelo mesmo delito.
O pai da adolecente José Carlos Roque Júnior, a menor sentiu dores de cabeça e foi encaminhada, a pedido da delegada que apura o caso, ao hospital. "Os médicos acharam que uma veia na cabeça dela poderia ter se rompido. Mas, felizmente, ela já foi liberada", disse o pai. A Santa Casa confirmou a informação.
A estudante de 15 anos pretende voltar a estudar na mesma escola estadual de Limeira.
"Não vou dizer que estou tranquila, mas sei que é importante estudar e vou voltar. Só espero que não apanhe de novo", disse à reportagem do UOL.
Segundo o pai da estudante, ela era vítima constante de bullying na escola.
"Minha filha chama muito a atenção. Eu tenho quatro meninas, e ela é a mais bonita. Até as irmãs mais velhas sentem ciúmes dela. Eu já fui chamado outras vezes, quando minha filha foi xingada. Era uma tragédia anunciada. Na semana passada mesmo fui chamado na escola e disseram que as alunas ameaçaram de cortar o cabelo dela", disse. Essa situação não é uma novidade, mas isso passou de qualquer limite. Por mais que existissem problemas, a escola não pode permitir que uma estudante seja espancada da forma como ocorreu", disse.
Ele ainda acusou a unidade de omissão e disse que vai processar o Estado por conta do ocorrido. "Eles não fizeram nada. Eu tive que chamar a polícia, de longe, porque, por eles, ela ficaria lá, daquele jeito", disse.
A reportagem também conseguiu falar com um companheiro de sala da vítima. Segundo ele, as agressoras há muito tempo vinham ameaçando a adolescente. "Ela (a vítima) não é a pessoa mais amada da sala, muitos acham ela meio metidinha. As meninas que bateram viviam ameaçando, mas ninguém achou que ia acontecer algo como o que aconteceu", disse.

ASSUNTOS: Coluna 1, Brasil