Wagner Moura interpreta um homossexual no longa ' Praia do Futuro'
Reprodução Agnews
O ator Wagner Moura afirmou que "o Brasil é um país muito conservador".
Ele deu entrevista ao jornal Folha de S.Paulo desta sexta, para falar do lançamento do filme Praia do Futuro, de Karim Aïnouz. No longa, interpreta um homossexual que troca o Ceará por Berlim.
"Não tenho dúvida de que vai haver uma reação moral a Praia do Futuro pelo fato de eu ser um ator popular e conhecido por um personagem como o Capitão Nascimento. Sempre tem aquela pergunta se eu fiz o filme para apagar a imagem do Capitão Nascimento. Agora, então, vão dizer que fiz um veado para matar de vez o Capitão".
Entre os projetos revelados ao jornal, o ator deve dirigir em breve a cinebiografia do líder comunista Carlos Marighella (1911-1969). Ele ainda dará vida ao traficante colombiano Pablo Escobar (1949-1993) na série Narcos, de José Padilha, além de querer interpretar Federico Fellini (1920-1993) e um dos atores que viveu o palhaço Bozo.
Ainda sobre o filme Praia do Futuro, Moura diz que não é apenas "um filme gay".
"O que é um filme gay? Não sei. Se o filme, lá na Rússia, onde tem aquele escroto do Putin, ou aqui, onde as pessoas matam gays pra caramba, puder ajudar de alguma forma, acho legal. Mas ele não foi feito para isso".
O artista ainda disse que gosta de chegar ao grande público.
"Gosto de ser um artista popular. Isso de fazer filme só para o pessoal do cineclube entender, puxa, acho isso muito caído".
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