Último míssil lançado pela Coreia do Norte era de médio alcance
WASHINGTON - O projétil que a Coreia do Norte disparou sobre o Japão ontem era um míssil balístico de médio alcance, que não ameaçou o território dos Estados Unidos, garantiu o Pentágono nesta terça-feira, 29, em um comunicado. A Coreia do Norte confirmou que se tratou de um míssil de médio alcance.
O míssil, um Hwasong-12 de médio alcance, teve seu lançamento supervisionado pelo líder Kim Jong-un e "cortou o céu sobre a península de Oshima, Hokkaido e o cabo Erimo no Japão, segundo seu itinerário de voo, e atingiu seu objetivo nas águas do Pacífico norte", informou a agência oficial KCNA.
"O exercício não teve qualquer impacto na segurança dos países vizinhos", destacou a KCNA, acrescentando que Kim ficou "muito satisfeito" com o lançamento. Segundo a agência, Kim Jong-Un prometeu que ocorrerão no futuro "mais exercícios de mísseis balísticos com o Pacífico como objetivo".
Em nota, o Pentágono comentou o lançamento, acrescentando que o míssil não pôs em perigo a ilha de Guam. "A avaliação inicial indica o lançamento de um míssil balístico de categoria intermediária (IRBM). (...) O Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD) determinou que este lançamento de mísseis balísticos não representava uma ameaça para a América do Norte", afirma a nota.
Esse foi o 13º lançamento de um míssil balístico por parte de Pyongyang neste ano, disparado das proximidades da capital norte-coreana, e o primeiro desde 2009 que sobrevoou Japão, após o que percorreu uma distância superior a 2.7 mil km e caiu no mar a cerca de 1.180 km do Cabo de Erimo, no extremo do nordeste do arquipélago japonês.
O novo teste aconteceu depois que Pyongyang lançou no sábado três projéteis balísticos de curto alcance nas águas do Mar do Japão/Mar do Leste, e após testar no mês passado dois mísseis balísticos intercontinentais (ICBM).
A embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, qualificou hoje de "inaceitável" o novo teste balístico da Coreia do Norte. "Acredito que algo sério tem de acontecer. Já é suficiente", disse Nikki aos repórteres pouco antes de participar de uma reunião programada do Conselho de Segurança sobre as missões de paz da ONU.
As taxativas declarações de Nikki se unem à firme reação do presidente dos EUA, Donald Trump, que não descartou hoje nenhum tipo de resposta a Pyongyang e afirmou que "todas as opções estão sobre a mesa".
"O mundo recebeu alta e clara a recente mensagem da Coreia do Norte: este regime mostrou seu desprezo pelos seus vizinhos, por todos os membros das Nações Unidas e por normas mínimas de comportamento internacional aceitável", lamentou Trump em um comunicado. / EFE E AFP
ASSUNTOS: Coreia do Norte, guerra mundial, missil eua, Mundo