Psoríase e aumento de espinhas na pandemia? Dermatologista dá dicas
O tempo em casa na quarentena pode causar diversas mudanças não somente na rotina e no convívio social, mas também no surgimento de diversas doenças de pele. A dermatologista, Suzi Maron, explica que o descuido com alimentação, noites mal dormidas, ausência de cuidados com a pele e, principalmente, transtornos emocionais podem sim estar relacionados ao agravamento ou até surgimento de doenças de pele que tiverem um fundo inflamatório de base.
Psoríase, dermatite atópica, vitiligo, rosácea e aumento de acne são alguns dos exemplos de enfermidades que podem ser agravadas durante a pandemia. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), estresse e ansiedade causados pelo isolamento do Covid-19 são gatilhos para esse surgimento ou agravamento das doenças psicodermatológicas.
“Pode-se evitá-las na medida em que se toma controle da situação emocional, ocupando a mente com atividades prazerosas, tentando desviar o foco de notícias e situações que só trazem preocupações e mais ansiedade. É muito comum também o aumento de acne, relacionado a exageros alimentares, principalmente pelo alto consumo de carboidratos refinados e industrializados”, disse ela.
A médica ainda orienta que toda boa saúde começa por uma boa alimentação. Os cuidados com a imunidade, segundo ela, devem sempre estar presentes, independente da pandemia que o mundo atualmente enfrenta.
Exercícios físicos regulares, ingestão de água e uma boa noite de sono estão na lista de dicas da dermatologista. “De forma geral, é necessário, para uma pele saudável, boa higiene e hidratação, além do uso de protetor solar. Uma má noite de sono também é um desses motivos que podem afetar diretamente o poder de renovação. O resultado, principalmente se acontecer continuamente, é uma pele opaca, sem viço e com mais olheiras, por exemplo”, contou Maron.
A dermatologista também comentou sobre os cuidados com a pele do rosto, com o uso constate das máscaras e os cuidados na região coberta pela peça. A especialista recomenda higienizar e hidratar a pele, para prevenir reações, após o uso prolongado da máscara.
Sobre uso de protetor solar e maquiagem, a dermatologista orienta: “é preciso fazer o uso do protetor solar de forma global na face, apesar das partes que ficam cobertas pela máscara. Se forem modelos mais leves, como as de pano, não tem problema usar maquiagem, pois permitem maior circulação de ar. Já as máscaras de uso profissional, tanto a maquiagem quanto o protetor podem atrapalhar a vedação e irritar a pele que fica constantemente coberta. Aí, pode-se limitar o uso a área exposta”, ressaltou ela, ao reforçar que, de qualquer forma, com ou sem o uso de máscara, é preciso a remoção adequada dos produtos na pele.
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