Em situação de escravidão, idosa é resgatada da casa de empresários da indústria de comésticos
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Uma idosa de 61 anos foi resgatada de uma casa em Alto de Pinheiro, em São Paulo, onde foi abandonada e estaria vivendo em regime análogo ao de escravidão contemporânea. Sem comida, dinheiro ou mesmo um banheiro para usar, ela foi encontrada em situação precária.
De acordo com a Justiça, a mulher era empregada doméstica da filha Mariah Corazza, 29, e do genro, Dora Ustundag, 36, de Sônia Corazza, uma comestóloga famosa na indústria de produtos de beleza.
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A mulher foi quem contratou a idosa como sua empregada doméstica ainda nos de 1998. Na época, a vítima trabalhava na informalidade, sem carteira assinada ou qualquer outro benefício como férias oi 13º.
Ela permaneceu nessa situação por 13 anos. Em 2011, a casa em que ela morava desabou e Mariah a convidou para morar na casa da mãe que ficava na mesma rua que a sua. Na época, Sônia se mudou para outra cidade, mas deixou as filhas no imóvel e a idosa acabou ficando, sem ter pra onde ir, e trabalhando para elas.
Porém, a mão de obra não era mais remunerada e a vítima passou trabalhar apenas para ter um teto e um prato de comida. Em 2017, Mariah levou a mulher para morar com ela e lhe dava por mês apenas R$ 200, mas isso também durou pouco.
Mariah e o marido decidiram então vender a casa e ignoraram completamente a senhora. Ele trancaram toda a casa e a deixaram vivendo nos fundos da propriedade em um depósito de móveis.
Lá a polícia após denúncia anônima, a mulher foi encontrada sozinha, com fome, sem dinheiro e dormindo em um sofá. O local tinha sequer um banheiro e o acesso a casa tinha sido impedido pelos patrões. O Ministério Público entrou com um processo contra os três membros da família que agora vão responder por redução a condição análoga à de escravo e abandono de incapaz, já que se trata de uma idosa.
No caso do casal, eles ainda vão responder também por omissão de socorro, pois o MP descobriu que há algum tempo a idosa sofreu um queda na escada da casa deles e os mesmos teriam se recusado a ajudá-la. Vizinhos testemunham sobre o fato e deram detalhes sobre a vida de exploração que a doméstica levava.
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ASSUNTOS: cosmetóloga empregada escrava, idosa escrava, idosa escravidão, São Paulo, Policial