Foto em caixa de leite faz menina descobrir que foi sequestrada pelos pais
No início dos anos 80, uma família formada pela mãe, padrasto e uma menina que se mudava constantemente de morada, estabeleceu-se finalmente no Colorado, nos Estados Unidos da América (EUA).
Foi aí que ao ser levada a um supermercado, a menina, de nome Bonnie Lohmann, de apenas sete anos, viu a foto dela impressa uma caixa de leite, mas como não sabia ler, apenas apontou ao padrasto que comprou o produto, para depois recortar a foto e dizer para Bonnie guardar em segredo daquela imagem.
Por não saber ler, a menina não entendeu as letras que estavam na imagem com a frase “criança desaparecida”, fruto das buscas desesperadas feitas pelo pai dela, para encontrá-la, mas como a mãe e o padrasto se mudaram para a Espanha e depois no Havaí, ficou mais difícil a busca, até porque ela não era matriculada em nenhuma escola e, portanto, não podia ser encontrada.
Bonnie guardou a foto que sempre estava entre os seus pertences. Um dia na casa de um vizinho, deixou cair a foto e os vizinhos levam a chamada e denunciaram o caso à polícia. As autoridades conseguiram entrar em contato com pai da garota após quatro anos e o caso foi encerrado com sucesso, pois ela voltou a conviver com o pai.
A estratégia de colocar fotos de crianças desaparecidas em caixas de leite e em contas de telefone ajudou muitas crianças a serem encontradas. Mas nem sempre houve sucesso, como na história de Ethan Patz, de apenas 6 anos, que foi um dos primeiros a ser alvo da campanha.
O menino morava em Manhatan e no dia 25 de maio de 1979 saiu de casa para ir à escola sozinho pela primeira vez, usando boné preto e tênis listrado, levando uma bolsa com carrinhos e um dólar para comprar um refrigerante, no mercadinho do caminho.
A escola não avisou logo a mãe da não chegada do garoto na escola e quando ela soube do desaparecimento do filho, já havia passado muitas horas.
A mãe chamou a polícia, buscas foram feitas e surgiu a ideia de colocar a foto na caixa de leite e o dia 25 de maio ficou estabelecido como o Dia Nacional das Crianças Desaparecidas nos EUA. As fotos foram também para caixas de pizza e contas de telefone e luz.
Ethel nunca foi achado, mas em 2017, José Lopes denunciou que seu cunhado, Pedro Hernandes, seria o culpado pelo desaparecimento do menino. Pedro era balconista do mercado perto da casa de Ethel Patz, onde ele foi comprar o refrigerante.
Ao ser preso, Hernandes confessou ter atraído o garoto e depois o matou, fato que o levou a ser julgado e condenado.
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