Mulher que fez ataques racistas à Titi diz que se considera negra e confirma prisão nos EUA
RIO — Dayane Alcântara Couto de Andrade, de 28 anos, acusada de injúria racial contra Titi, a filha dos atores Bruno Gagliasso e Giovana Ewbank, admitiu ter sido racista no vídeo que gravou e confirmou que já foi presa nos Estados Unidos por procurar um serviço de prostituição para “comemorar o aniversário do marido”.
— Nós fomos para um motel e ligamos para essa suposta mulher (prostituta). Porém, quando chegamos lá, era um policial disfarçado — disse Dayane sobre o caso ocorrido em 2015, no estado de Virginia, onde a prostituição é proibida.
Day McCarthy, como é conhecida nas redes, afirmou que se considera “negra” e culpou a “sociedade” que a fez “nascer com um pensamento racista” pelos ataques à Titi.
— Eu resolvi fazer aquele vídeo pois sofro com racismo na internet. Eu também sofria muito bullying na escola por ser pobre, por ser gorda, por ser feia. Eu sempre fui na delegacia e ninguém dava ouvido. As pessoas também me chamavam de "macaca" de "preta", "nariz de Michael Jackson", me atacando no Instagram. Eu recebo muitas ofensas de racismo e ninguém faz nada por eu não ser filha de famosos, não ser filha de rico — disse Day, afirmando que o vídeo era destinado somente a um grupo fechado e teria sido vazado.
A socialite afirmou que "não tem nada contra negros". Segundo Day, assim como brancos, existem negros bonitos e negros feios. No entanto, devido a valores impostos pela sociedade e pela mídia, as pessoas já nasceriam com ideias racistas, assim como ela.
— Eu já nasci com esse pensamento racista, e acho que isso deveria ser conversado. Lógico que isso é uma coisa que você pode controlar e não falar. Mas, você pensando aquilo, pra mim é a mesma coisa, continua sendo racismo.
Nascida em Vitória, no Espírito Santo, Dayane afirma que teve uma infância muito pobre. Em sua adolescência teria trabalhado em salões de beleza, além de vender comida na rua. Aos 18 anos, conheceu em Búzios um americano com quem ficou casada por sete anos morou em Nova York e Washington.
PROCESSO NO EXTERIOR
Na segunda-feira, Gagliasso prestou queixa contra a mulher, que se diz socialite e mora no Canadá. A Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) investiga o caso. Na ocasião, o ator disse que busca justiça e pretende processá-la, inclusive, no exterior. A Polícia Civil informou que mesmo estando fora do país, ela terá que responder à justiça brasileira.
— É crime em qualquer lugar do mundo, e ela vai responder por isso — disse o ator, que classificou as ofensas como “covardias”.
A socialite afirmou que conta com advogados no Brasil e que ainda não foi notificada no Canadá sobre o processo. Ela disse que não pretende vir ao Brasil responder as acusações.
— Se ele quiser me processar que ele venha para o Canadá — disse.
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