O relator da Lava-Jato, ministro Teori Zavascki, morreu um dia antes de iniciar as audiências das 77 delações premiadas da Odebrecht. O avião que o ministro estava, caiu em Paraty (RJ), na tarde desta quinta-feira(19).

As audiências estavam marcadas para iniciar amanhã(20) e terminar no próximo dia (27).Na primeira fase, os delatores iriam apenas informar se foram coagidos ou não a firmar acordo de delação. O ministro iria homologar o acordo com os depoimentos que poderiam ser usados em inquérito contra os envolvidos. Com a morte de Zavascki, não há previsão para que isso ocorra.

De acordo com o Estadão, os depoimentos da diretoria da Odebrecht envolvem o presidente Michel Temer; os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff; o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL); o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ); além de vários ministros e parlamentares. Os depoimentos registrados por escrito e vídeo, além de provas apresentadas pelos delatores estão guardados na sala cofre do STF e só quem tem acesso é a equipe de Teori.

No dia em que recebeu os documentos, o ministro já demonstrava preocupação com o vazamento de algumas informações da delação "Pelo que vi, não foi propriamente um depoimento que foi vazado. Pelo que eu vi. Mas, de qualquer modo, é lamentável que estas coisas aconteçam. É lamentável", afirmou.

Até o momento, não foi decidido quem vai substituir o ministro no processo da Lava Jato.