Quem convive com adolescentes, sabe que eles sempre parecem insatisfeitos com a aparência. Mas nada incomoda mais do que as terríveis espinhas. Como se não bastasse a dor, a acne sempre aparece em lugares indesejados e bem na véspera daquele compromisso importante. De acordo com um estudo britânico, 60% dos jovens com acne têm chances de desenvolver depressão.

Segundo a psicanalista Monica Pessanha, o adolescente está construindo a identidade e essa imagem fará parte da identidade. "Ao se olhar no espelho, esse adolescente vai pensar que não é ele, que ele é diferente do que está vendo. Automaticamente, ele vai pensar que os outros também vão lhe achar estranho e isso vai trazendo um estágio de tristeza e melancolia, que poderá se prolongar e aparecer sintomas de depressão", explica.

Entre os participantes da pesquisa, mais da metade se disse alvo de brincadeiras ou comentários relacionados com acne. Um em cada cinco participantes já levou foras por causa das espinhas.

A depressão afeta mais de 322 milhões de pessoas no mundo. O jovem que sofre de depressão costuma se afastar dos amigos, deixa de frequentar lugares ou fazer atividades que gosta, além de ir mal nos estudos, perder o apetite e dormir mal.

Segundo a dermatologista, Luciana Villas Boas, há lesões da pele que vão sumir sozinhas e outras tendem a demorar mais. "É por isso que é importante a ajuda de medicações. Pode ser um sabonete, um creme com espuma, ácido ou antibiótico via oral. Quanto antes começar a tratar, menor será a quantidade de cicatrizes", orienta.

De acordo com a dermatologista, existem diversos níveis de acne e os mais comuns são os cravos, que quando inflamam se transformam em uma espinha.

O problema está relacionado aos hormônios: "A glândula vai produzir mais sebo e deixar a pele mais oleosa", explica Luciana Villas Boas.

A dica da psicanalista Monica Pessanha para o adolescente é manter a cabeça ocupada. "Que seja o futebol, vôlei ou outra atividade para preencher esse vazio". Fonte: R7.