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Ambev assina acordo para vender sucos Do Bem para a Tial

Por Folha de São Paulo

06/01/2025 20h00 — em
Economia



SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Ambev está vendendo a Do Bem quase dez anos depois de comprar a fabricante de sucos que se popularizou pelas embalagens coloridas, ilustradas e com mensagens bem-humoradas.

A nova dona da Do Bem, se a transferência for finalizada, é a também fabricante de bebidas a base de frutas Tial, ligada ao grupo Pif Paf.

A negociação foi encaminhada ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) no dia 30 de dezembro. Nesta segunda (6), o ato de concentração, como são chamados os processos que tratam de fusões de empresas, foi tornado público no "Diário Oficial da União".

Os valores envolvidos no negócio não foram divulgados. A Ambev diz em nota que o acordo para a venda está assinado e à espera do órgão de regulação concorrencial.

No processo encaminhado ao Cade, a gigante das cervejas diz que a venda da operação permitirá que a companhia direcione "recursos e esforços para outras áreas do grupo". Esse direcionamento aparecerá, segundo a empresa, em mais investimentos em outras marcas e segmentos.

A venda a outro grupo do segmento de bebidas não alcoólicas e não gaseificadas permitirá que a Do Bem potencialize seu valor, afirma a Ambev ao Cade.

Em nota, a fabricante de cervejas diz também que a aquisição pela Tial dará "impulso extra ao processo de expansão da produção e do portfólio da empresa mineira."

A Tial, assim como a Do Bem, se apresenta como uma indústria de bebidas à base de frutas, feitas com 100% de ingredientes naturais e sem aditivos químicos. Na lista de produtos há ainda néctar (quando a bebida é feita com polpa de fruta e açúcar) e água de coco.

A Ambev comprou a Do Bem em 2016, marcando, à época, seu ingresso no mercado de sucos quando outras grandes indústrias investiam no segmento. A Coca-Cola havia comprado a Sucos del Valle anos antes.

No processo aberto no Cade, as empresas pedem que a análise da negociação seja rápida por entenderem que a união das operações não "suscita quaisquer preocupações concorrenciais".


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