Americanas interrompe sequência negativa e tem lucro de R$ 10,3 bilhões no 3º tri
PELOTAS, RS (FOLHAPRESS) - A Lojas Americanas registrou, no terceiro trimestre deste ano, o primeiro crescimento de receita na comparação anual desde 2022. O balanço do período, divulgado nesta quarta-feira (13), aponta receita liquida consolidada de R$ 3,2 bilhões e resultado financeiro positivo em R$ 14,2 bilhões.
O saldo também reverte o balanço dos primeiros seis meses do ano, que tiveram resultado consolidado negativo de R$ 1,6 bilhão. O lucro líquido do terceiro trimestre foi de R$ 10,3 bilhões, revertendo prejuízo de R$ 1,6 bilhão no mesmo período de 2023.
A empresa vive um período de reestruturação após a fraude contábil revelada no ano passado, que levou a rombo de mais de R$ 25 bilhões e forçou a varejista a entrar em recuperação judicial. No relatório, a empresa destaca que o resultado desta quarta é o primeiro divulgado após a capitalização e os pagamentos de credores.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) Ajustado do trimestre encerrado em setembro reverteu o valor negativo do mesmo período do ano passado. Em 2024, o Ebitda foi positivo de R$ 497 milhões, ante valor negativo de R$ 269 milhões em 2023. No acumulado dos nove meses deste ano, o indicador chega a R$ 765 milhões, contra R$ 1,2 bilhão negativo no ano passado.
A dívida bruta da varejista despencou no terceiro de trimestre, de R$ 45,2 bilhões em junho para R$ 1,7 bilhão no final de setembro. A dívida atual é composta por R$ 1,6 bilhão em debêntures públicas, além de R$ 75 milhões em empréstimos e financiamentos de outras empresas do grupo que não fizeram parte da recuperação judicial.
"Eliminamos quase a totalidade das dívidas concursais e transformamos a Americanas em uma empresa com dívida equivalente ao seu volume de caixa e recebíveis, endereçando a estrutura de capital. A reestruturação também resultou na reversão do patrimônio líquido da companhia de R$ 30,4 bilhões negativos em junho de 2024 para R$ 5,7 bilhões positivos no fim de setembro de 2024", diz a empresa em nota.
O balanço ainda indica uma redução no número de lojas da companhia. Foram encerradas operações em 21 unidades no terceiro trimestre que, segundo a empresa, tinham baixa performance e "não atendiam aos critérios de viabilidade". Na comparação anual, 2023 encerrou os primeiros nove meses do ano com 1.706 lojas (999 convencionais e 707 express). Em 2024, foram 1.601 (962 convencionais e 639 express).
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