Argentina é o país que mais vai crescer em 30 anos, diz ministro de Milei
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O ministro da Economia do governo de Javier Milei, Luis Caputo, afirmou em evento na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) nesta segunda-feira (2) que a Argentina será o país que mais vai crescer nos próximos 30 anos.
Acompanhado da secretária-geral do governo e irmã do presidente argentino, Karina Milei, ele defendeu as reformas econômicas aprovadas pelo presidente no primeiro ano de mandato.
"Muitos já falam do milagre econômico argentino. Eu realmente não acredito muito em milagres econômicos. Acredito que os resultados econômicos não são outra coisa senão a consequência das decisões econômicas que se toma", diz.
Caputo também afirmou que, no início da gestão, a Argentina experimentava desabastecimento dos produtos que importa de outros países.
"Soma-se a isso também uma dívida de US$ 60 bilhões que o Banco Central tinha com os importadores. Essencialmente, ao não entregar esses dólares aos importadores, eles não podiam pagar seus fornecedores do exterior", disse.
O chefe da pasta econômica também considerou as reformas econômicas adotadas por Milei como a única saída. "A Argentina é um país que havia perdido absolutamente sua credibilidade. E a credibilidade é a matéria-prima para fazer política econômica. Não tivemos alternativa senão ir para um programa de choque no fiscal, no monetário e no cambial", disse.
"Conseguimos fazer todo esse ajuste tão importante que estabilizou nossa economia em um tempo recorde. Não houve perda no nível econômico nem no salário privado registrado", disse Caputo após afirmar que os índices atividade econômica e o poder de compra dos salários foram mantidos nos últimos 12 meses.
Para o ministro, a situação do país pode ser explicada por "123 anos de más decisões econômicas". Nesses anos, segundo Caputo, houve déficit fiscal em 113 deles. "Nunca houve nenhum complô internacional. Não há nenhum outro culpado, só nossa própria política. Isso é muito importante para entender por que agora as coisas estão dando certo e vão dar certo", afirmou.
A taxa de pobreza na Argentina, no entanto, disparou para 52,9%, com 3,4 milhões de argentinos caindo na pobreza neste ano após o programa de austeridade de Milei, segundo dados do Instituto Nacional de Estatísticas e Censos do país publicados em setembro.
A performance é a pior em duas décadas e representa um aumento de 11,2 pontos percentuais em relação ao segundo semestre de 2023, quando era de 41,7%.
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