Dólar comercial avança 0,55%; Bovespa desacelera alta para 0,42%
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RIO - O dólar comercial opera em alta de 0,55% nesta quarta-feira, cotado a R$ 3,249, ampliando os ganhos após Janet Yellen, presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central americano) reforçar a percepção de que a economia dos Estados Unidos está mais forte, o que leva o mercado a ampliar as apostas em um aumento de juros no país. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) reduziu os ganhos e avança 0,42%, no início desta tarde, levando o Ibovespa a 58.628 pontos. Nesta manhã, o índice chegou a ultrapassar a barreira dos 59 mil pontos (foi a 59.006), mas não resistiu.
Yellen afirmou que a expectativa é que a taxa de desemprego caia mais. Segundo ela, a criação de empregos nos EUA está bem acima do que é sustentável e essa contínua criação de emprego levará a um superaquecimento.

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— O mercado entendeu que é provável de fato um aumento de juros neste ano, daí a pressão no dólar — disse à Reuters o diretor de operações da Mirae Asset, Pablo Spyer. — Ela indicou que a maioria dos membros do Fomc (Comitê de Política Econômica do Fed) vê a alta de juros como provável este ano.
Na Bovespa, a petroquímica Braskem dispara 7,81%, um dia após seu conselho de administração aprovar pagamento de dividendos de R$ 1 bilhão, ou R$ 1,237 por ação e R$ 2,51 por ADR (American Depositary Receipt). Só terão direito aos valores os investidores que mantiverem os papéis da companhia até o fechamento de 3 de outubro, e a distribuição começará no dia 11.
As ações da Petrobras operam com valorização, puxadas pela recuperação do petróleo no mercado internacional e pelas indicações que a gestão da companhia está, finalmente, visando o equilíbrio, com notícias consistentes sobre os desinvestimentos. Os papéis ON (ações ordinárias, com direito a voto) têm alta de 1,56¨% e os PN (preferenciais, sem direito a voto), de 1,67%.
— O mercado comemora o aumento em 30 dias do período de exclusividade nas negociações com a Alpek para venda da Petroquímica Suape e Citepe, além da indicação de que a venda da BR Distribuidora pode ser apresentada hoje no conselho de administração — explica Celson Plácido, estrategista-chefe da XP Investimentos.
As cotações do petróleo, que acumulam recuo de 0,31% nos últimos cinco dias, hoje avançam: o WTI sobe 1,43% em Nova York, a US$ 45,31, e o Brent, referência para o mercado brasileiro, avança 1,48%, a US$ 46,65. Hoje, membros da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) mantêm reunião informal na Argélia.
A mineradora Vale também tem ganhos: as ações ON sobem 1,98% e as PN, 1,96%. A companhia informou previsão de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado entre US$ 4,5 bilhões e US$ 5,4 bilhões no segundo semestre, ante US$ 4,4 bilhões na primeira metade do ano, segundo apresentação publicada pela empresa nesta quarta-feira.
Entre as siderúrgicas, CSN ganha 5,22% e Usiminas, 3,79%.
Nos EUA, o Dow Jones ganha 0,21%, o S&P avança 0,14% e a bolsa eletrônica Nasdap sobe 0,1%.
Na Europa, onde o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, falou novamente em reformas estruturais para que juros possam subir com segurança no futuro, os índices têm valorização: de 0,93% no FTSE de Londres, de 1,22% no Dax de Frankfurt e de 1,15% no CAC 40 de Paris.
Na Ásia, o índice Nikkei, de Toquio, registrou queda de 1,31%. O Hang Seng, de Hong Kong, ganhou 0,2%. O CSI, de Shenzen, subiu 0,2%.

ASSUNTOS: Economia