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Imóveis de Curitiba foram os que mais encareceram em 2024

Por Folha de São Paulo

07/01/2025 8h45 — em
Economia



SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os preços dos imóveis subiram 7,7% em 2024 e registraram a maior variação anual desde 2013, quando encareceram 13,7%. O cenário de alta demanda foi puxado principalmente pelo crescimento da economia brasileira e pelo aquecimento do mercado de trabalho, segundo dados do índice FipeZap, estudo feito pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) em conjunto com o DataZap, hub imobiliário do grupo OLX.

A alta dos preços foi sentida em praticamente todo o país, com as 22 capitais monitoradas apontando valorização de mais de 2%. Curitiba lidera as capitais, com um valor de venda 18% maior do que o registrado em 2023.

Em seguida estão Salvador (16,3%), João Pessoa (15,5%), Aracaju (13,7%), Belo Horizonte e Vitória (ambas com 12,5%).

O caso de Curitiba não é recente e evolui desde a pandemia. Dados do Registro de Imóveis do Brasil e da Fipe, mostram que, entre março de 2019 e fevereiro de 2020, cerca de 46 mil imóveis foram transacionados na capital paranaense, saltando para 58 mil imóveis entre junho de 2023 e maio de 2024, último dado disponível.

"Os bairros mais procurados nos portais do grupo OLX para venda são próximos ao centro histórico, ou seja, são bairros com mais infraestrutura urbana e oferta de serviços. Essas localidades já apresentam maior densidade demográfica e estão se valorizando mais do que regiões com maior oferta de terrenos", afirma Paula Reis, economista do DataZap.

A economista também explica que os segmentos de moradia popular e de médio padrão foram os principais responsáveis pela demanda de crédito no mercado imobiliário em 2024. Dados da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) mostram que a carteira de crédito cresceu 23% até novembro em todos os segmentos.

Tendência apontada nos últimos anos, os imóveis com um dormitório encareceram 8,7%. Na sequência, ficaram unidades com três (8%), dois (7,1%) e quatro ou mais dormitórios (6,2%).

No ano passado, o preço médio do metro quadrado calculado pelo FipeZap chegou a R$ 9.366. Casas com um dormitório se destacaram pelo preço médio de venda em R$ 11,1 mil o metro, enquanto imóveis com dois dormitórios ficaram com um valor menor, de R$ 8.387 o metro.

No geral, os preços do mercado imobiliário superaram a variação média dos preços da economia, medida pelo IGP-M/FGV (Índice Geral de Preços-Mercado), que subiu 6,5% até novembro, e o IPCA-15, adotado como uma prévia para a inflação ao consumidor, com alta de 4,6% no período de 12 meses até dezembro.

CIDADES MAIS CARAS DO BRASIL PARA COMPRAR IMÓVEL

Entre as capitais, Vitória fechou o ano com o valor médio do metro quadrado mais alto do país, a R$ 12,2 mil. Em seguida, estão o metro quadrado de Florianópolis (R$ 11,7 mil), São Paulo (R$ 11,3 mil), Curitiba (R$ 10,7 mil) e Rio de Janeiro (R$ 10,2 mil).

Balneário Camboriú (SC) segue no topo das cidades com o metro quadrado mais caro, avaliado em R$ 13,9 mil, em média. A vizinha Itapema (SC) ficou pouco atrás, com o metro custando R$ 13,7 mil e Vitória (ES) com R$ 12,2 mil.

Betim (MG), por outro lado, é o município com o menor valor por metro quadrado, com R$ 4.280, seguida pela gaúcha Pelotas (R$ 4.286), São Vicente (R$ 4.478) e Santa Maria R$ 4.814.

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Ranking das capitais com maior alta nos preços de imóveis em 2024

1 - Curitiba (PR): + 18,00%

2 - Salvador (BA): + 16,38%

3 - João Pessoa (PB): + 15,54%

4 - Aracaju (SE): + 13,79%

5 - Belo Horizonte (MG): + 12,53%

6 - Vitória (ES): + 12,51%

7 - Fortaleza (CE): + 11,49%

8 - Goiânia (GO): + 11,49%

9 - Maceió (AL): + 10,50%

10 - Cuiabá (MT): + 10,31%

11 - Belém (PA): + 9,90%

12 - Florianópolis (SC): + 9,07%

13 - São Luís (MA): + 8,73%

14 - Natal (RN): + 8,51%

15 - Manaus (AM): + 8,45%

16 - Recife (PE): + 6,64%

17 - São Paulo (SP): + 6,56%

18 - Porto Alegre (RS): + 6,44%

19 - Campo Grande (MS): + 4,08%

20 - Brasília (DF): + 3,71%

21 - Rio de Janeiro (RJ): + 3,13%

22 - Teresina (PI): + 2,80%

Ranking das cidades mais caras em 2024 (preço médio por m²)

1 - Balneário Camboriú (SC): R$ 13.911/m²

2 - Itapema (SC): R$ 13.721/m²

3 - Vitória (ES): R$ 12.287/m²

4 - Itajaí (SC): R$ 11.857/m²

5 - Florianópolis (SC): R$ 11.766/m²

6 - São Paulo (SP): R$ 11.374/m²

7 - Barueri (SP): R$ 10.844/m²

8 - Curitiba (PR): R$ 10.703/m²

9 - Rio de Janeiro (RJ): R$ 10.289/m²

10 - Belo Horizonte (MG): R$ 9.365/m²

11 - Brasília (DF): R$ 9.325/m²

12 - Maceió (AL): R$ 9.173/m²

13 - Vila Velha (ES): R$ 9.056/m²

14 - São Caetano do Sul (SP): R$ 8.545/m²

15 - São José dos Campos (SP): R$ 8.233/m²

16 - Recife (PE): R$ 8.089/m²

17 - Fortaleza (CE): R$ 8.031/m²

18 - São José (SC): R$ 7.956/m²

19 - Osasco (SP): R$ 7.933/m²

20 - Goiânia (GO): R$ 7.929/m²

21 - Joinville (SC): R$ 7.615/m²

22 - São Luís (MA): R$ 7.440/m²

23 - Belém (PA): R$ 7.405/m²

24 - Santos (SP): R$ 7.322/m²

25 - Santo André (SP): R$ 7.196/m²

26 - Niterói (RJ): R$ 7.132/m²

27 - Porto Alegre (RS): R$ 7.111/m²

28 - Manaus (AM): R$ 7.061/m²

29 - Blumenau (SC): R$ 7.008/m²

30 - João Pessoa (PB): R$ 6.890/m²

31 - Campinas (SP): R$ 6.888/m²

32 - Guarulhos (SP): R$ 6.816/m²

33 - Salvador (BA): R$ 6.766/m²

34 - São Bernardo do Campo (SP): R$ 6.511/m²

35 - Diadema (SP): R$ 6.467/m²

36 - Guarujá (SP): R$ 6.431/m²

37 - Praia Grande (SP): R$ 6.150/m²

38 - Cuiabá (MT): R$ 6.099/m²

39 - Campo Grande (MS): R$ 5.769/m²

40 - Caxias do Sul (RS): R$ 5.671/m²

41 - Teresina (PI): R$ 5.628/m²

42 - Natal (RN): R$ 5.613/m²

43 - Canoas (RS): R$ 5.578/m²

44 - Jaboatão dos Guararapes (PE): R$ 5.447/m²

45 - Contagem (MG): R$ 5.419/m²

46 - São José dos Pinhais (PR): R$ 5.353/m²

47 - São José do Rio Preto (SP): R$ 5.321/m²

48 - Aracaju (SE): R$ 5.163/m²

49 - Londrina (PR): R$ 5.115/m²

50 - São Leopoldo (RS): R$ 5.101/m²

51 - Novo Hamburgo (RS): R$ 5.043/m²

52 - Ribeirão Preto (SP): R$ 4.918/m²

53 - Santa Maria (RS): R$ 4.814/m²

54 - São Vicente (SP): R$ 4.478/m²

55 - Pelotas (RS): R$ 4.286/m²

56 - Betim (MG): R$ 4.280/m²


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O Portal do Holanda foi fundado em 14 de novembro de 2005. Primeiramente com uma coluna, que levou o nome de seu fundador, o jornalista Raimundo de Holanda. Depois passou para Blog do Holanda e por último Portal do Holanda. Foi um dos primeiros sítios de internet no Estado do Amazonas. É auditado pelo IVC e ComScore.

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07/01/2025

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