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Índices de volatilidade e incerteza se espalharam pelo mundo, diz Galípolo

Por Folha de São Paulo

07/04/2025 9h45 — em
Economia


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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Ao fazer uma alusão ao dia de pânico no mercado financeiro global desta segunda-feira (7), Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, afirmou que os países desenvolvidos estão apresentando índices de volatilidade e incerteza parecidos com os brasileiros.

"Já dizia um dos pais da física quântica: fazer projeções sobre o futuro é especialmente difícil. No Brasil, esse é um ditado que valeria com alguma ênfase maior, mas o dia de hoje está mostrando que, talvez, não mais só no Brasil", disse Galípolo na abertura da premiação do ranking Top 5 do Focus, na sede Banco Central em São Paulo.

"Todo mundo que estudou economia alguma vez na vida achou que os índices de volatilidade e incerteza do Brasil pudessem migrar para [o nível de] economias mais avançadas com o tempo, e ficar mais parecidos. Eu sempre achei que era porque nós iríamos nos aproximar do deles, não o caminho contrário. Hoje o tema de incerteza e volatilidade está mais espalhado no mundo", completou o economista.

O VIX, índice que mede a volatilidade do S&P 500, principal índice acionário dos EUA, subia mais de 8% pela manhã, após o mercado acionário asiático registrar fortes quedas.

A aversão a risco vem após a administração de Donald Trump indicar que as pesadas tarifas dos EUA serão mantidas, apesar dos receios de que possam levar a uma recessão econômica global.

Os futuros dos índices de ações dos EUA caíram 3,5% em negociações voláteis, enquanto os futuros do Nasdaq caíram 4,4%. Esses contratos indicam como o mercado espera que os principais índices de ações —como o S&P 500 ou o Nasdaq— se comportem quando o pregão abrir. Neste caso, os investidores estavam apostando em quedas de 3,5% e 4,4%, respectivamente.

O mercado, portanto, antecipa mais perdas, em meio a um cenário instável, após já ter perdido quase US$ 6 trilhões em valor na semana anterior.

Segundo economistas, o efeito das tarifas tende a ser recessivo e inflacionário para os Estados Unidos, o que desperta cautela nos investidores, que desfazem suas posições em Bolsa de Valores.


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