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Mercado eleva projeções do PIB, mas mantém inflação e juros

Por Folha de São Paulo

14/04/2025 10h30 — em
Economia


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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os economistas consultados pelo BC (Banco Central) aumentaram as previsões para o PIB (Produto Interno Bruto) de 2025 e 2026, mas mantiveram as projeções para a inflação. As estimativas para o dólar e Selic também foram mantidas para este ano, segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (14) pelo BC.

A estimativa para o PIB ficou em 1,98% para 2025 e 1,61% para 2026. As projeção são ligeiramente superiores as expectativas da semana passada, de 1,97% e 1,60%, respectivamente. É a primeira vez que a projeção sobe desde janeiro.

O levantamento também mostrou que as projeções para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) se mantiveram em 5,65% ao fim deste ano e 4,50% para 2026, mesmas previsões da pesquisa anterior. O centro da meta perseguida pelo BC é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Sobre a política monetária do Banco Central, houve manutenção na expectativa para a taxa básica de juros neste ano e no próximo. A mediana das projeções para a Selic em 2025 é de 15%, no que foi a 14ª semana consecutiva com essa expectativa, enquanto para 2026 a previsão é de que a taxa atinja 12,50%. No momento, a Selic está em 14,25% ao ano.

No câmbio, houve ainda manutenção na expectativa para o preço do dólar no final de 2025 em R$ 5,90 e queda da projeção para 2026 a R$ 5,97, de R$ 5,99 na semana anterior.

A pesquisa vem na esteira de uma semana marcada por temores sobre uma recessão global provocada pela guerra comercial entre Estados Unidos e China, com os mercados reagindo ao anúncio de novas tarifas pelo presidente norte-americano, Donald Trump.

Trump anunciou a implementação de uma taxa mínima de 10% sobre todas as importações dos EUA em 2 de abril, com alguns países recebendo tarifas mais altas devido ao seu desequilíbrio comercial com a economia norte-americana.

Na quarta-feira passada, no entanto, Trump interrompeu as taxas "recíprocas" para a maioria dos países, mantendo em vigor a tarifa universal de 10%, mas as tensões com a China, por outro lado, continuaram a escalar. Após trocas de retaliações, Trump impôs taxa total de 145% sobre os produtos chineses, enquanto Pequim respondeu com uma tarifa de 125%.

O Boletim Focus reúne previsões de uma centena de economistas e é divulgado semanalmente pelo Banco Central.


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